Zine ZerØ ZerØ

Zine ØØ:
 Editorial de Março/Abril! 

 Março/Abril? Mulheres, Índios e Ovos de Páscoa! Héin?! 

Step One Session/2011 - 1° Niver !

Metrô Estácio                                                              
   
[B.Girlz Thay e Amanda !]

– e n t r e v i s t a s !!

    B.Girl Thay - Soul Crazy Crew - Austin

    É sempre uma beleza ver que os encontros estão cada vez com mais prestígio: B.Girl Thay veio de longe pra montar a banca no metrô Estácio, novamente dominado pelo breaking. B.Girl Thay já completou mais de um ao de breaking, junto a Soul Crazy Crew, gang formada pelos B.Boy Charys, Nay, Teta e B.Boy Igor - que é o destaque na região de Austin, na Baixada Fluminense.


B.Girl Thay


    Sua referência são os encontros de crew em Nova Iguaçu, no espaço do Centro e na pista de skate - onde forma a B.Girl Miney com sua gang - e o grupo do MAB é outro que fortalece. O pai foi sua primeira inspiração - Paulo Cezar, que é old school de breaking, charmeiro a milianos. Mas na prática, seguiu o incentivo de uma amiga, a B.Girl Baby, que mostrou como era e convidou pra entrar na crew.

    B.Girl Thay conta que a responsa da Soul Crazy Crew deve muito ao B.Boy Charys, que possui jeitinho pra ensinar. E o outro que faz presença nisso é B.Boy Teta, que domina a história do breaking, do Hip Hop, sabe passar os nomes dos movimentos e tudo mais.

a roda



    A Step One foi a primeira saída de sua área, assim, ir a um lugar mais distante pra formar num encontro breaking. Mesmo assim ficou tímida, ficou mais estudando a cena, que achou muito astral mesmo. Thay estava com escolta forte, com B.Boy Charys e Teta - que fizeram o alerta quando ficou mais tarde um pouco. Hora de partir. É a responsa de não botar preocupação na família.


flow!


    Uma pergunta é fundamental em véspera de 08 de março: qual a diferença entre homens e mulheres no breaking? Bem, B.Girl Thay considera a dança um pouco difícil de aprender, mas acredita que, se as meninas não se envolvem tanto com essa cultura, é porque outros estilos são mais comuns. No samba, no charme é bem mais tranquilo de para Elas chegarem.

    Recado às B.Girls:
    "Pra B.Girl, só digo isso: não desista. Bota persistência que com certeza vai chegar lá! Sempre vai ter alguém que não aceita, que vai falar mal, outros que vão rolar de rir, mas é concentração no bailado: dá seu melhor que vai!"


    "Um salve para todas as crews, que tenham fé nos objetivos e força para superar obstáculos."







    B.Girl Mandinha - Atari Funckerz e GBCR - Maré


Mandinha


    B.Girl Mandinha é figura importantíssima no Rio, representa legal! E a intimidade é coisa que não vale no Zine00 - temos sempre que estar perguntando, entrevistando, energia real. B.Girl Mandinha começou já em 2007, que vinha no street dance das oficinas da Casa de Cultura da Maré - gente que até hoje está lá.
    Então foi ali que se formou um núcleo onde ela começou - foi o Ativa Breakerz, crew respeitadíssima na cena. Gente de peso se formou ali: Doug, Mandinha, Esquilo, Robson, Angelo, Alex, pra citar os mais conhecidos.


Boom Box Onde?



    Nesses quase quatro anos de breaking, considera que a evolução forte mesmo só está aparecendo agora. Os fundamentos estão melhor trabalhados, o flow de entrar na música com energia, com alegria - só o tempo trouxe isso. O breaking exigiu esse longo trajeto, para amadurecer sentimentos e poder se expressar.

Stal Sista


    De 2010 o auge foi chegar na Master Crew. Muita experiência de conhecer grandes competidores, de ver a multidão, mesmo, que forma nessa battle. Mas não entrou, pois ficou intimidada, muita gente e tal. Já na Circle Princz/2010 a onda foi o contrário. Ficou muito mais à vontade e fez uma batalha show com uma B.Girl de Santa Catarina - onde botou uma energia que ela mesma desconhecia dela. E no desafio só perdeu pra B.Girl Rutchelli, que é mina forte nisso. Pra 2011 a promessa é estruturar melhor a gang, para poder fazer mais pela cultura, poder viajar mais, participar mais de competições.

    Sobre as relações B.Boy VS. B.Girl, Mandinha acredita que se esforça bastante para ser mais feminina na dança, mas que o meio é cheio de B.Boys, então isso pesa na composição. Não diz o mesmo de outras B.Girls, por nem ter feito juízo sobre esse assunto.

Youtube: gdbdbdg


Muleke novo



    Mas diz "os B.Boyz estão acostumados a se juntar, como fosse futebol, pela intimidade entre eles, isso acaba sendo um "clube de homens". Mas não parece que se importem de ter mais mulheres nos treinos. Por outro lado, é uma falta das próprias B,Girlz, de não ter a mesma atitude e saber que se reunir é um fundamento importante. É preciso esforço para ter presença e autonomia feminina - muitas parecem não querer crescer nisso."

Mandinha explica



    Profissionalmente, B.Girl Mandinha está se dedicando a construir um trabalho com fotografia e o sentimento é unir essas forças: um trampo em comunicação e o caminho no breaking. Para isso conta com a assistência luxuosa do fotógrafo Paulo Barros - que é o mostrão dos cliques em várias entradas de breaking; e muito responsa no Favela em Foco - um fotojornalismo de primeira linha!

    Recado:
    "Se novas meninas se resolverem pelo breaking, que se dediquem com gosto próprio, sem deixar que seja algo feito "pelo namorado" ou uma coisa só pra aparecer. É isso: bota gosto própio: fecha com o breaking, pelo breaking."

   No próximo capítulo o ZineZeroZero te apresenta...
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