Zine ZerØ ZerØ

Porque tudo começa do zerØ____e pro zerØ até pode voltar.

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Zine ØØ:
 Editorial de Março/Abril! 


 Março/Abril? Mulheres, Índios e Ovos de Páscoa! Héin?! 
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Break VS. Danças Negras

Teatro Cacilda Becker                                                    
[Pontos de Contato !]

Para onde vamos?                                  
– p r o p o n d o !!

    2° ponto de discussão

    Vou escapar ao elogio da ATITUDE "in progress" de Carmem Luz. É uma tentação - não, não, não farei mais elogios. Falo agora de um ponto de vista mais próximo ao Zine Zero Zero, ao trabalho que faço dentro de um B.Boy Press e minha ligação rootz com os bailes black.

    Nada me permite, ao personagem Poeta Xandu, falar pelos diversos grupos de breaking do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, posso expor meu ponto de vista e acreditar que, sim!, somos do Hip Hop nacional, resistência e dança negra carioca. Traduzo parte do que é discussão permanente entre os grupos de breaking, e incluo parte do que observo deste universo.




    O que somos?


    No Hip Hop estão reunidas as técnicas de "dança de rua", incluindo Popping, Locking, Street Dance, Funky Style, Krumppig, Wacking, desenvolvidas separadamente do Breaking. No Breaking, os praticantes são chamados Breakers; são divididos em gênero: B.Boys (masc.) e B.Girls (fem.); e reunidos em grupos denominados "crew" ou "gang". Além da cultura de ocupação de ruas e praças, alguns breakers exercem o ofício da dança em suas diversas dimensões: como competidor, jurado, instrutor, coreógrafo.

OBJ /3ª ed. - B.Girl Val [GBCR]

    A dança Breaking é composta de técnicas básicas de interpretação (top rock, foot work, power moves), somadas a expressão cênica de "desafio", às entradas ensaiadas, além de certo "mix" com os diversos ritmos propostos pelos DJ´s. As competições são chamadas "batalhas": desafios de alta performance, em modalidades separadas por nível técnico, gênero, idade. Em geral, as batalhas são divididas em categorias: individual, dupla e crew, rodadas por chaves ou "seven to smoke". Como tudo mais em arte cênica: o breaking também é aberto ao espetáculo.

!! Bala Flava !!

Original Breaking Jam III - FEV/2011



Ou... Assista na Telona:
B.Boy Bala Machine [GBCR] (Clicaqui!)
Youtube: gdbdbdg


    O padrão de Gang, não apenas no Brasil, é masculino, é diversão violenta, machista, com tendência ao belicismo. As gangues de Breaking estão conectadas ao padrão "das ruas", para falar do quanto é preciso "fazer parte" e "fazer ao contrário".


OBJ /3ª ed. - B.Boyz Kaleo [JC] e Unha [UBI]

    Em outras palavras: gangues de Breaking zelam pelo respeito entre as gangs e fazem o alerta aos demais grupos "das ruas". Como intervenção social, atua-se para previnir outros jovens dos perigos que estão na sociedade. A violência estrutural (polícia/bandidos); a irresponsabilidade nas relações de sexo/gênero; a passividade de comportamentos, na violência inter pares e no vandalismo, como seu contrário, moleque/moleca humilhados pelas más condições sociais. As Gangs de Breaking atuam contra esses padrões, através da dança, através de uma postura altiva, firme, compreensiva e sincera.



    O que fazemos para nos Organizar?


    I -     B.Boyz e B.Girlz, nós por nós.
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    1)     Lutamos para tornar a prática de ocupação de praças, pistas de skate, ruas e esquinas, um desafio difundido pelas próprias crews de breaking do Grande Rio.


OBJ /3ª ed. - Isabele [Cia. Performance Street]



    2)     Lutamos para sermos reconhecidos por esta prática. É realidade na Praça XV (Centro do Rio), na Praça do Pacificador (Centro de Caxias), na Praça do Rodo (Centro de São Gonçalo), na Praça Mantiquira (Centro de Xerém), na Praça do Coreto (Centro de Vilar dos Teles), na Pista de Skate da Via Light (Centro de Nova Iguaçu), na Praça da Prefeitura (Centro de Petrópolis), fora o projeto da Ong CIEH²M (vários praças de Macaé) e da Expresso Break Crew (várias praças de Itaguaí) - para citar apenas as crews mais relevantes. O resultado é ter garantida a entrada em Escolas, em ONG´s, os breakers como integrantes de diversos projetos sócio-educativos.

    3)     A busca por evolução na dança e nos fundamentos do Hip Hop não comercial já compõe o ideário das organizações responsáveis por montar rodas e campeonatos de breaking. Incluímos definitivamente a prática de trazer grupos de outros estados, como intercâmbio, promovemos debates internos, nas rodas, e sempre que possível convidamos expositores para falar de fundamentos do breaking.


OBJ /3ª ed. - B.Boy Luan [FFC]


    4)     Lutamos pela organização interna das crews, através do estímulo da comunicação por Orkut, Youtube, e composição de blogs. Ainda é bastante precário, mas é sincero e temos progredido nesse item.

    5)     Algumas crews já buscam meios para formalizar e produzir espetáculos.

    6)     Por RESPEITO às danças negras populares, vemos crescer a vontade de fazer intercâmbio com grupos de capoeira, folia de reis, bate-bolas e blocos de afoxé - sendo que alguns passos já foram dados, marcando a história do breaking como uma cultura de respeito à cultura popular.

OBJ /3ª ed. - B.Boy Bala [GBCR]

    7)     Iniciamos a discussão de gênero há pouco tempo atrás - sendo que o passo mais efetivo será realizado neste sábado (dia 19/MAR), motivo pelo qual não encontramos nenhum representante capaz de laver nossa comunicação ao encontro no Teatro Cacilda Becker.




    II -     Junto ao Poder Público
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    1)     Lutamos para que as autoridades municipais reconheçam as ocupações de breaking como cultura popular do Grande Rio, como é realidade em Itaguaí, Vilar dos Teles, Duque de Caxias, por exemplo. Apesar dos riscos, de uso político, cremos que é um meio para valorizar e poder caminhar para uma nova etapa não-tutelada, plena de autonomia, liberdade e respeito.

OBJ /3ª ed. - B.Boy 3D [BSC] nos mikes


    2)     Pela não-marginalização do movimento Hip Hop, considerado por algumas autoridades como uma cultura "violenta", ressaltamos sua importância nos meios urbanos, como mecanismo de atuação contra "inverdades" sociais, além de atuar na promoção da auto-estima dos jovens das periferias, negros, favelados.

    -     Em nível nacional, está em apreciação o pelas Comissões pertinentes, o Artigo 24 /II, do Projeto de Lei 3/11, de autoria do deputado Maurício Rands (PT-PE), que propõe o reconhecimento do Hip Hop como “manifestação de cultura popular de alcance nacional”, reconhecendo os membros do Hip Hop como promotores de cultura popular.

    Endereço:
http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=490886

OBJ /3ª ed. move do B.Boy Soneka

    -     em nível municipal, que recebeu Moção de Apoio do COMDEDINE (Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro), e militância da Zulu Nation Rio de Janeiro, tivemos aprovada a data do dia 12 de novembro no calendário cívico no Município do Rio de Janeiro (DO de 30 de setembro de 2010), como dia do Hip Hop.

    -     Em nível nacional, essa mesma data ainda está em processo de petição pelo reconhecimento do Hip Hop como importante Movimento afro-diaspórico da atualidade em benefício das gerações futuras.
    Endereço:
http://www.ipetitions.com/petition/hip-hoppelo12denovembro/


OBJ /3ª ed. - novas Gangs!


    3)     Dadas as dificuldades burocráticas, exigimos do poder público auxílio na confecção de projetos para grupos que comprovem atuação, a simplificação do acesso aos patrocínios, apoio financeiro aos encontros de categoria de todos os grupos culturais populares, sua formalização como entidade cultural, e por fim, a não penalização através de impostos tão pesados quanto os atuais.

    4)     Quanto à Lei Federal de Incentivo à Cultura – a Lei Rouanet (nº 8313/91)


OBJ /3ª ed. - air.chair do B.Boy Luan



    Prevendo um futuro promissor à categoria "danças negras", são reivindicações pertinentes:

    -     Ampliação no número de proponentes como pessoas físicas;
    -     Ampliação dos limites de projetos por área cultural, aos Proponentes pessoas jurídicas;
    -     Ampliação da Comissão gestores do Ministério da Cultura, com a inclusão de grupos organizados ligados à cultura popular,
    -     Ampliação da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic/MinC) para que seja capaz de agilizar os processos de análise dos projetos em tempo hábil, através das atuais "súmulas", ou novos meios para isso.



    III -     Junto às "Danças Negras" promovidas por Carmem Luz.
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    Breve Histórico

    Ano passado, em 2010, nossos grupos de breaking, estivemos no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, por duas ou três vezes, chamados pela GBCR. A Cia. Híbrida também esteve por ali, em outras mais ocasiões, na posição de um grupo breaking melhor estruturado que os demais - afinal é um Companhia, um projeto sólido, como a Cia. X-Style também. Fazem um trabalho profissional. Diferente dessas, a GBCR um pouco mais, mas digo os diversos grupos de Breaking: ainda não se consolidaram-se como trabalho de palco, como mercado. São as gangs "de rua".

OBJ /3ª ed. - Cacilda Becker



    Um espetáculo Breaking


OBJ /3ª ed. - Carmem Luz

    A Gang de Breaking Consciente da Rocinha esteve incluída no projeto Danças Negras, Festas e Pensamento, através da ocupação e curadoria do Teatro Cacilda Becker pela Cia. Étnica de Dança, representada por Carmem Luz.

    A GBCR apresentou ao público 5 modalidades de "dança de rua": em Breaking livre (incluindo as meninas do B.Girlism), Breaking de desafio, Locking, Popping, Waacking. Experientes grupos de São Paulo foram chamados para realizar um intercâmbio cultural. Foram apresentados os demais elementos que compõem o Hip Hop: o Dee Jay´ing de Hip Hop; o RAP de MC´ing, o RAP de improviso, inclusive um representante da Zulu Nation/Rio para falar dos conceitos utilizados no Hip Hop não-comercial.





OBJ /3ª ed. - DJ Machintal








    Pra Somar!

    Acreditamos que podemos dialogar na atual proposta de articulação da "danças negras". Resguardados os limites "da realidade", poderemos somar em alguns pontos fundamentais, nesta exata ordem das prioridades "work in progress:





    1)     Estamos abertos à travar comunicação, como rede de "danças negras".















    2)     Estamos abertos à manifestação em bloco por solidariedade às culturas dançantes populares, que estejam sob ameaça cultural e risco de violência.

    3)     Estamos dispostos a formalização de uma entidade representativa.

    4)     Aceitamos formar um fundo de ajuda mútua.


OBJ /3ª ed. - B.Boy 3D



    Sem poder fazer mais que este documento, por enquanto, esperamos que todas as danças negras estejam no caminho da organização. Carmem - um beijo no seu coração, e aos demais: luta!

Ass:
Poeta Xandu em articulação com os grupos breakers do Grande Rio.



   No próximo capítulo o
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