Zine ZerØ ZerØ

Porque tudo começa do zerØ____e pro zerØ até pode voltar.

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19/05/2011

B.Boyz na Taba!

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Zine ØØ:
 Editorial de Maio/Junho! 
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Êêê-êê-êhêê!                                             

Índio quer apito,                  
             
             - se não der pau vai comer!

   

[E.T.E. Ferreira Vianna/Rio]                                                                 


–    e d u c a ç ã o    é    t u d o !


O problema do Apito


    Apito? Meu amigo, os índios do Brasil estão numa pior! Nós, seres urbanos, mesmo numa pior, na mais caidinha das favelas - não temos ideia das desgraças que os irmãos do cocar andam passando. E essa história de Breaking trouxe essa moral pro Zine00: saber como estão as aldeias, os índios, mas principalmente como estão se organizando contra os problemas sinistros do Brasil. Barra pesada!

No muro da escola: cartaz de passeata




-[ Família UBS ]¬ (click!)


-[ Arena Híbrida - Evento
Breaking - Inscrições!!
]¬ (click!)





[Clica!!            Clica!!]

    No começo foi uma atitude bem leve. Apresentar o Breaking na Escola. Guilherme surgiu através da internet, numa de conhecer o Breaking do Rio de Janeiro, mostrar um pouco disso pros colegas de Escola Técnica. Seria uma oportunidade ótima, mas a gente sempre pensa em fazer melhor. Lembramos das lutas dos estudantes, como a gratuidade nas passagens... Decidimos: se vamos mostrar o Breaking, vamos também colocar um motivo forte nisso aê! Fechamos: Breaking + Dia do Índio = Zine00, Família UBS e Flow 021 fazendo a EDUCAÇÃO ferver!

B.Boy Tevez no footwork


    Como? Na hora de criar um evento surgem mil coisas na cabeça! Botar telão com projeção de cenas indígenas, fazer mix dos sons nativos com break-beat, mostrar os rappers de aldeia... Nada. Tudo fica mais difícil na hora da prática. Poeta Xandu faz o quê? Aqui é zine. Então criei um fanzine de verdade dedicado aos índios. Foi a base.

As ideias
    E bolei milhões de novo! Estudei a situação dos amigos, desde o Brasil-Colônia até a selva dos dias de hoje. Dava pra fazer um livro. E também separei alguns recortes de urgência, sobre as principais necessidades, de ajuda, solidariedade mesmo. Cheguei no palco pra palestrar... e tanto estudo virou um breve alô. Foram os tais recortes - tudo que consegui falar. Poeta Xandu pelo menos sabe medir as coisas...


B.Boy Stal no top-rock e depois na voadora


Break + Significado
    E ainda tivemos outra dificuldade: como mostrar o break? em fundamentos? em stance? e alegria? Certo, a dança é o núcleo. Só mesmo ali, na bucha, tudo acontecendo, é que notamos a dificuldade de transformar movimentos em significados... Tô aqui, traçando só negativo... Não! Nada do que foi feito se resume a uma atitude vazia! Colocamos nisso o melhor que a gente pôde, nossa experiência! Foi um grande esforço fazer o the best!






    Dando nomes aos bois: articulação; planejamento; fanzine; fala sobre indígenas; muito rap e breaking por esse motivo.





Acima: B.Boy Adriano Flex


Abaixo: estudantes pela causa indígena

A construção do evento
    Nosso articulador e anfitrião foi o Gui, que tomou essa iniciativa pelo Grêmio RenovAÇÃO, linha de frente na Escola Técnica Estadual Ferreira Vianna - ETEFEV. Marcamos uma reú pra ver como seria: Poeta Xandu (Zine00), B.Boy Stal (Crew Flow-021), mais os locais, Gui, a Vivi e o Chicão. Muito pra conversar, pra saber, mas botamos objetivos na mesa. Qual som? Qual lugar? E fechamos com uma apresentação no auditório, que pareceu ser o mais apropriado mesmo - dia 19/ABR, que é Dia do Índio, vibe entre 16 e 18 hs. Foi isso.



1 Fanzine pelos Índios

    2011m4d20 - Poeta Xandu
        ZineZeroZero fazendo fanzine!

Ou... Assista na Telona: Fanzine Tribal (Clicaqui!)
Youtube: gdbdbdg


Fanzine
    Sem tempo. Nem uma semana pra programar, desenhar, imprimir, tudo! No dia, o Zine foi sendo feito às pressas, como dava, ali com a ajuda de todos. E é tarefa demorada, mas foi sendo feita! Saiu uma 1ª tiragem pra chamar o povo. Daí chegaram vários alunos! Acho q vieram uns cem. Já era hora de começar.



F-021, Família UBS e Zine00:

Hip Hop Resistência e Breaking Tribal


Ou... Assista na Telona: Breaking Tribal (Clicaqui!)
Youtube: rdmellolive


Breaking I
    Na cabeça do Poeta estava: uma entrada de breaking, daí iria parar pra conversar um pouco. Acabou que a chamada dos alunos demorou um bocado, o relógio tic-tac tic-tac, e essa entrada virou "quase-tudo" de break.




B.Boy Tevez e Diguin

    E vários detalhes: chão encerado demais, acabou fraturando o braço do B.Boy Diguin. Shit Happens... Só depois pra saber disso. E o palco deu aquela fervida básica: B.Boy Stal, Tevez, Diguin, Flex, Snoop, isso dá show em qualquer lugar! Força Flow Zerovinteum!


Freeze do Flex


A falação
    E os índios? Nem telão, nem som tribal, nem chance de chamar representante, nada disso. Ficou mais do Zine00, que bateu em 50 fanzines, feitos ali na hora. E as palavras: o sambaqui de Camboinhas/Niteroi, local super-valorizado pelas construtoras, recebeu um pau nesse mesmo dia: dia do índio. Ali é um sítio arqueológico, protegido por lei, local de abrigo para vários índios visitantes no Rio... mas que sempre estão sendo agredidos, desrespeitados e sai até tiro nissaê! Foi o caso.

Ao Lado: A fotógrafa e graffiteira - Aisha - registrou o muro do coletivo Linha Cultural, no viaduto da Penha Circular - Índios Urbanos!



B.Boyz na Taba!
    Porque é Rio de Janeiro, isso não apaga a presença: no Rio são Tamoios, em Campos são os Goytacazes, seus descendentes urbanizados por ali. Noroeste fluminense são Puris, Guaranis em Angra dos Reis, a Aldeia Sapukaí. Mesquita recebeu uma delegação de índios Fulni-ô, que significa "povo ribeirinho" - pela urbe, pra mostrar dança, vender artesanatos, conversar. É assim, com pires na mão, recorrendo a caridade pública... E a lei do índio? Brasil, terra sem lei.

O que foi dito à meia bomba...
Nas fotos:
acima o sketch, aqui o painel inteiro, abaixo os detalhes...


*Depois de 3 meses de oficina, Tiago Tosh leva aos muros a galera do projeto "A Floresta E Seus Mistérios". Seu trabalho com graffiti acontece em Rio Branco/AC. Sempre inspirado no que vê da ecologia local, sempre dedicado a seu txai Claudeney, um dos melhores artistas da região. Caminhos abertos para a Arte!





Clica!
      

    O índio é forte: é o índio Felipe Camarão, que lutou pelo Brasil, pela expulsão dos holandeses do nordeste - lá nos 1600. O índio é fraco: expulsos das terras originais, fechados em "mini-aldeias", embriagados pelo sistema do canavial - desde 1700 existem relatos de tragédia. A FALSA "não escravidão indígena", e o limite disso: "escravos? apenas se houver rebelião" - sempre rebeldes! mas escravos. Hoje muitas tribos são como as favelas, resta pouca selva, pouca cultura "ainda forte", físico fraco, alma agredida. Lutemos pelos índios! São irmãos!




-[ Posse PAR (Bertioga) ]¬ (click!)

-[ B.Boy Galego ]¬ (click!)




*A Posse PAR atua na cidade de Bertioga/SP, onde o parceiro Renan luta por várias melhorias, ocupa a pista de skate, inclusive produz RAP coletivo. Galego é outro broder dessa banca - fotos dele!




Gang do Galego e representante indígena


pajelança
    Brasília é a capital do país - capital das nossas contradições. Tapuyas, Guajajara, Korubo e Tupinambás, são alguns dos índios que migraram pra lá, fazer dinheiro na construção da nova capital do Brasil, em 1957. São exemplos de mão-de-obra-indígena, integrantes da massa operária, favelados nos satélites de Brasília. Nas matas enredor, vegetação de cerrado, fizeram local propício para seus rituais - o Santuário Sagrado dos Pajés, um ponto sagrado neste mapa de concreto.


    Ao mesmo tempo, são acusados de servir a interesses diferentes, indígenas civilizados, de apelo nas ONGs, universidades, negociando o Santuário com as construtoras, para fazer mansões. A FUNAI está no fim, sofre a terceirização - para dar lugar as ONGs, às empresas e religiões. Quem defende uma política de proteção? recebe perseguição, vai pro pau, pra demissão. Enquanto isso, fazendas e barragens dominam as terras indígenas, retirando direitos, sem ter onde reclamar - indígenas virando mendigos na urbe.


    O acampamento índígena revolucionário se instalou na frente do Ministério da Justiça - justiça é o que se espera. Dali exigem seus direitos e resistem: vigiados por políticos e agredidos pela polícia. Mais de 1 milhão de índios contados, 2 troncos linguísticos, 190 línguas faladas - necessidades de sobra. Brasil? Essa é a cara.


Acima: Alunada do Ferreira Vianna e B.Boy Diguin no footwork



Breaking II
    Bom, com o tempo apertado, o jeito foi passar a cena Breaking do Rio - nesse estilo Zine00. Pra poder voltar pra F-021, pra gang passar o seu recado também. Entraram Família UBS pra mostrar RAP, Diguin pra fazer Beat-Box. E o bagúio é doido! Montar o Zine dos índios, documentar, palestrar, olhar o som - tudo ao mesmo tempo! O Poeta Xandu ficou vesgo... Faltou dividir as forças. Por conta disso, o RAP da Família UBS foi feito a capela, com Leandrinho e Stal nos mikes. Isso porque o som acabou pifando, mas Diguin ainda soltou um beat-box pra poder fechar com uma última entrada de breaking - com B.Boy Stal.








Acima: Aterrissagem B.Boy Stal e footwork do B.Boy Tevez



B.Boy Adriano Flex


B.Boy Stal e Leandrinho













    MC Leandrinho (F-UBS)

       


B.Boy Stal e Leandrinho no RAP e B.Boy Diguin no beat box!






    Até agora num sei o que deu errado no som, tava bom no começo... Mas se falta organização, e faltou ali, também fica a lição.

    Se propor a mostrar o Breaking é uma tarefa séria e exigirá muito mais compromisso para as próximas vezes. Som é coisa que não pode falhar... E também a estrutura toda deve ser pensada com mais calma, com mais tempo pra organizar, ensaiar. E a cultura de espetáculo - isso é outro ponto! Ficar sentado ali, só pra assistir, isso não é muito a cara do breaking. Precisa roda, energia, mais trocação.


Chicão, Vivi e ?? - é o grêmio!


Leandrinho e palavra


    Dificuldade que escrevi aqui não é vergonha nenhuma - essa é também uma avaliação interna, que externei porque ajudará a tod@s no futuro. Pra fora, no palco, foi a moral de falar de povos indígenas, de trocar com a estudantada. Fomos dispostos a falar do que fazemos de sincero e verdadeiro, no breaking, no Hip Hop, na vida. Chicão fechou o dia com a real da estudantada e isso também foi chave de ouro!

    Break, povos indígenas, assunto pra escola mesmo.







Chicão no Dia do Índio

2011m4d19 - Grêmio RenovAção
- Fechamento - FAETEC/Maracanã -


Ou... Assista na Telona: Chicão (Clicaqui!)
Youtube: gdbdbdg



        Esse é o trem-bala que habita em nós!

    É força e sinceridade na Flow 021.


Poeta Xandu




   No próximo capítulo o ZineZeroZero te apresenta...
Clicaê!
         

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Editorial de Maio/Junho:


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