Zine ZerØ ZerØ

Porque tudo começa do zerØ____e pro zerØ até pode voltar.

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Zine ØØ:  Editorial de Novembro! 
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   Cooperifa:
ParaBéns pra Piraporinha!




Níver Cooperifa!




+ um ano... Não fomos: num tinha passagem... ponto.





   Poesia Favela:
         - Yes! We Fumo !!

                                                -[Conhece não? click!]¬



Poesia Favela em cartaz









Em cartaz: poesia e favela




   Na vibe da poesia o objetivo era estar lá em Sampa, com o Vaz, rompendo a barreira eletrônica, chegando junto. Mas foi impossível, faltou buzu. Também: aqui no Rio tinha o Poesia-Favela! Salvou! Cada grupo tem sua vibe. No B.Boying é como tento falar, bboy press e tal. Mas a cultura do Hip Hop, nos 4 elementos, cada dia mais exige a cabeça aberta. E a poesia que se lança é poesia que balança.


MV Hemp, Abacate, Duda do Rio




   Muitos figurões do Hip Hop estão ajudando pra isso: circulam por vários lugares, desde rodas de leitura às rodas de samba. Nas rodas do break está acontecendo a cultura dos encontros de b.boyz, um esforço para somar. Os 4 elementos - cada um deles chega com informações de outros cantos da cidade, de outras culturas, pra fora do Hip-Hop, pra dentro do que geral vive por aí!

Semog e Rafael




   Primeiro parlador neste parlamento: Éle Semog. Esse nome... É escrito ao contrário, talvez... Éle de Luís? L.Gomes ? Não importa. Antes de ser poeta, seu trabalho é com engenharia e computadores... Computadores não importam, a poesia é fundamental. Éle Semog é muito reconhecido por seu ativismo, acabou fechando no círculo dos poetas, poetas negros, para poetizar a vontade de mudanças sociais.


Macá, Uerj, Semog e Raffael






poema roxo de Acari




   Atualmente se dedica ao estudo de escritores negros, por serem negros. Por isso mesmo, sua aposta é no olhar diferente, percepção da luta contra a pobreza e a discriminação racial. Por números, são negros os mais pobres, os + marginais, os + presos, mulheres + protituídas, + + do menos. Enfim - o mundo negro não é apenas esse afronte de números. É também a luta pela vida, além da política racista. Ele é Éle, Semog se move - na poesia anti-racismo.

poeta.... no twiter quem?



   Nelson Macá entrou de sola com poesia: uma poesia que pegou carona em versos famosos, desconstruindo-os com sua voz rouca, imperativa. Emendou com um poema do Opanijé - que é RAP, um grupo de poetas de Salvador, e terminou o poemaemendado com uma letra sua: Eu Sou Poeta!


poeta Gaspa e fã




   Sua poesia percorre um caminho escolhido. Não é só na academia, dos intelectuais, mas as vielas das periferias, suas ruas escondidas - segue de encontro a um "exu em cada esquina", citando Gil. Toda 4ª feria, no pelourinho tem o Sarau Blackitude, que traz Hip Hop com 4 elementos, mas também abre um espaço pro rapper sem música, só na voz. Pra fora do centro de Salvador, segue o Sarau Bem Black pelas perifas, reunindo poemas de extrema baianidade. Apesar de ser identificado como baiano, de realmente ser-parecer baiano - é um paranaense de mudança, criador do atual Nelson Macá.


Poeta Delei e Wesley




   Professor de Literatura na UFBA, Macá percebe em cada poema negro, periférico, um poema de guerra. Segundo ele, seu poema é a "deseducação de Nelson Macá", uma forma de expressão para balançar mentes, efeitos, "estragos" através da arte. Não emprega rótulos como estética da fome, da cor, nem literatura marginal, nem periférica. Um Zapata reloaded, um Fela Kuti renascido por uma dialética africana, plena de desapego, algo de lúdico, aprender gingando - uma Literatura da Divergência! Daí surgiu seu livro Gramática da Ira.


   E deixou um recado:


tem-um-tambor

...dentro-do-peito-                -dentro-do-peito-tem...

etc etc                                                                             etc etc


Um fã com Nelson Macá



   Do mestrado de antropologia pela USP, Érica Nascimento apresentou à platéia resultados concretos sobre a trama periférica. Só ela contou 45 saraus ativos na perifa de Sampa, enquanto a contagem oficial mostra uma soma de apenas 60 - para toda a cidade. Nelson falou dos bares como uma escola, um local pró poesia - que Érica acrescenta: existem bibliotecas comunitárias em alguns desses bares! Nos últimos 10 anos a periferia produziu pelo menos 50 livros, a metade com editoras sólidas; lançados pelas pequenas, pelas ONGs e políticas de leitura - fazem o resto do serviço.


Zinho Trindade







   Poucos possuem o destaque de Ferréz, que sustenta o Capão Pecado como título em vendas. A dificuldade de publicar é uma constante, também é um desafio aceito pela Editora Multifoco. Rafael é um dos criadores da editora e seu livro de poemas foi o 1º teste. Depois deste, só no primeiro ano, foram 36 livros lançados. Por 5 vezes uma tiragem foi esgotada e hoje sustentam a marca de 300 lançamentos, com vários selos diferentes.



Poetas das/pelas Favelas




todos





   Para lidar com o custo do espaço, a Multifoco trabalha tiragens menores e aposta em mais conversa com os escritores. Outra diferença é não cobrar do autor - é um aliado, na produção, revisão, marketing, até nas vendas! A venda consignada é outra vantagem da editora, que permite a simples devolução dos livros parados. É a maneira encontrada para contornar as taxas caríssimas, que as livrarias cobram de pequenas editoras (+/-50%). E os lançamentos ainda contam com o Espaço Multifoco, uma casa na Lapa, pros livros, pra cultura.


livros e letras





poesia: força pra andar



Hip Hop se faz com livros, com poesia, mas principalmente com os passos firmes de cada um que chega pra somar: Zinho Trindade (bisneto do poeta e sindicalista Solano Trindade!), Gas-PA, Poeta Delei, Wesley do 5º Elemento, MV Hemp, Duda do Rio, os organizadores, professores e estudantes da UERJ, Seu João do Mov. Negro, Éle Semog, Nelson Macá, Érica Nascimento, poeta Dênis Rubra, MC's Teko e Leonardo da APAFunk, meu camarada Duda do Rio.... tem mais! muito +!





Mant-sé deixo um belo poema-luta
pelo Movimento População de Rua:


   

Levantamos a bandeira
da esperança azul celeste
esta é a nossa lança
ouro vazado
abandonado pelas praças
se levantando
pelas ruas das cidades
nossas pegadas
rastro da bandeira branca
são nossas marcas
ao transitar por qualquer via
a liberdade:
nossa maior conquista
sou movimento
firme e sincero
da população de rua























   No próximo capítulo o ZineZeroZero te apresenta
Antropofagia Urbana!
Clicaê!
         
-[Antropofagia Urbana!




Editorial de Novembro:




Arte-e-Poética


         -[ Urbe-Labirinto!
         -[Hélio Oiticica
         -[Colisão Literária/NI
         -[Poesia-Favela/UERJ
         -[Antropofagia Urbana!
         



Rota Diadema


         -[ AfroBreak/Beija-Flor!
         -[ Kaos Organizado
         -[ Graff's e Sk8's
         -[ E o Break?
         -[ Ant.Urb - os Breakerz!
         





Quer as BATALHAS? Só apertar aê:


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1 comentários:

Marisa Vieira disse...

Maravilha Xandu! Tenho o livro e dvd, festa incrível, turma da pesada. Adorei os registros.
Um beijo
Marisa