Zine ZerØ ZerØ

Zine ØØ:  Editorial de Dezembro! 

   Atrás da GBCR - o Zine00 se estrepou com o horário rígido do teatro. Foi o show no Centro Coreográfico do Rio. Teatro é assim: depois que começa ninguém mais entra. Nesse dia, GBCR e X-Style mostraram concepções de espetáculo com a cara do break! Foi uma missão laçada pela Rock Steady Crew e Zulu Nation: uma crew de respeito precisa representar nos 4 elementos, falar de movimentos concientes - montando isso num show-espetáculo. Como disse: num vi, porteira fechada, fiquei só na expô da GBCR. Nesse dia não foi show - pro Zine00...



   Sorte boa! O teatro SESI armou uma outra oportunidade, na mostra X-Tudo Cultural - com o resultado de vários projetos sociais, corridas de baixa renda, gente que faz por aí, ó: pelas favelas! A GBCR montou um espetáculo grandioso, com os 4 elementos ali, vinte cabeças em cena: foi segunda chance pra ver um show da GBCR! E foi nesse dia - Dia do Hip Hop!














   Lógico. Passei antes pela Cinelândia. Passei no cine-afro do Zózimo Bubul! Muita negritude! E a Cinelândia também tava de cheia de Celebra, praça Mahatma Gandi lotada - palco armado em frente ao Municipal pros rapperz todos! A Reflexo Urbano mostrou break por lá! Ano passado a GBCR formou na passeata do Hip Hop, fez o show, mas esse ano ficou no compromisso do show.




Na Cinelândia: Cinema Negro e Celebra Hip Hop!









   No teatro SESI, de cara encontrei com B.Boy Charles, veterano da Pedra de Guaratiba, do Instinto Coletivo Crew - foi muito forte isso! Sorrisão na cara, Charles foi logo zuando: "tá em todas, héin?!" E tamos aê mesmo: misto-e-ajuntado! Foi também a chance de conhecer outro fera de lá: B.Boy Rafa! Charles e Rafa conseguiram levar mais de vinte cabeças pra fechar no show da GBCR. O SESI botou ônibus, era só ligar - só quem tá ligado pega essas boas!














   Bom, a matéria feita com a Instinto Coletivo, junto com a Back Spin lá no CCBB, -conheça! [click!]¬ isso eles não viram... Ainda. Agora, nem que eu leve um lap top lá na Pedra - Zine00 não fica sem resposta! A gente escreve e quer ouvir a crítica também. A medida do sucesso vai muito pela bronca do entrevistado. Mentira: - elogio também é bom! XD




Santa Crew na plateia!

   O show foi SHOW! A GBCR foi na sequencia do grupo Batuque e Batucada, com uma rapa muito legal de Braz de Pina - mostrando percussão. No segundo tempo foi a GBCR, começando com Berzó - entrou com sua low bike e fez a abertura!
Isso já é tradicional. Berzó tem voz retumbante, que fala GBCR com letras maiúsculas, que pede respeito ao verdadeiro Hip Hop! Era o dia, né? Então os breakerz entraram e arrebentaram!





   Um show compridão, mais de uma hora, mostraram de tudo. Várias entradas de break, com a presença sofisticada do Doug, Bala, Weber, todos os outros, a dupla B.Girl Val e Bianca - e Bianca tá cantando muito! Fizeram vários rapz, com as rimas do B.Boy Pé e B.Boy Luck e o Berzó cantou um rap também.



   Uma Faixa Gigante foi produzida em casa (digo: na casa do Berzó! rss) e serviu de cenário: B.Girl Bianca e Luana simulando a grafitagem, sem spray, só de palco. Sem simulação foi o beat box com Bala, Weber da Maré e Gerson - novinho, grande talento. Jeff C e DJ Miagui arrebentaram nas pick ups, MC Loco formou com estilo freestyle no RAP. B.Boy Luck? Era uma criança: cantou pra caramba, mudou de roupa mil vezes e fechou com um style... De tiara na cabeça, casaco aberto, fazendo moda anos 80 legal! Esse é o Luck - espírito Hip Hop que não morre nunca!


MC Loco e B.Boy Pé nos mikes!















   Importância lá em cima! A presença do DJ TR, fazendo equipe de filmagem com Don Filó, com Zinho Andrade! Que que foi isso, héin?! Digo: esses caras são a nata dos bailes black! DJ TR não perdeu tempo: catou o Zine00 pra entrevista! Ficou amarradão de receber um real fanzine (Zine00: 1 jornalzinho feito a mão) e registrou nossos motivos nisso aê! E foi histórico: com Berzó, Luck, Bala, Pé, todo mundo foi entrevistado ali! Era a chave de ouro do Hip Hop!





   O espetáculo de nome RESPEITO teve um compromisso: mostrar como se faz break. Cada letra mandada em RAP, cada uma contava um pouco: o sonho, a união que o Hip Hop promove. A luta, o dia a dia na favela, as alegrias, as dores, a violência... Nada ficou de fora, até porque o Hip Hop é isso: favela com tudo dentro. Até fizeram umas armas de isopôr pra dar um climão sinistro. Isso de violência, isso é o capeta! Vemos famílias assustadas, crianças com tremores nas mãos. Vai acabar, se depender de diálogo, isso acaba. Hip Hop? fala-que-fala-que-vai-acabar! B.Boy Mala Machine - o style!




   Então, enquanto o Hip Hop fala na linha reta, também fala de alegria, de mostrar espetáculo que agrada crianças, jovens, idosos. Produzir nesse nível, não é nenhum teatro Broad-Way, todos sabemos. O forte é mostrar como se faz: com poucos recursos, com muita garra e determinação. Nesse modelo para ser entrevistado pra LUB, a Liga Urbana de Basquete. É História de Black: Don Filó, Zinho Andrade, TR, registrando os breakerz da GBCR, dos subúrbios, das favelas.



   E foi dessa chave que veio a outra missão: premiação Zulu Nation no capítulo Rio de Janeiro. Acompanhado de poderosos nomes do black music, Don Filó, Zinho Andrade, DJ TR - fomos ao encontro de quem faz a Fúria Hip Hop. TR contou a responsa desse baile produzir Hip Hop na noturna da Lapa - já fez 11 anos de baile e, até onde sei: é o único baile semanal desse nível. Encontramos na Fúria nada menos que: DJ ClaySoul, DJ Tony e DJ Marcelinho MG.

   No próximo capítulo o ZineZeroZero te apresenta Zulu Nation-Rio
Clicaê!          
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