Zine ZerØ ZerØ

Porque tudo começa do zerØ____e pro zerØ até pode voltar.

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Dia das B-Girlz: Break e História da Dança ! !
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Tuuudo delas! 8 de março, dia da B.Girl!! 
Depois do sucesso de post no ano passado, ainda tiro alguma inspiração da cartola pelas B.Girlz de 2010. Digo... Sim! Formaram nas batalhas, foram ao cinema, ao teatro, deram um plá no congresso afro, organizaram eventos, abriram frente em mais algum curso. Fizeram, fazem e estão em mil graus no meu coração!!!

[8 de Março]
O dia das mulheres é memória de luta: as operárias em greve na fábrica Triangle/NY – terminaram queimadas pelo patrão (1911). Que jamais se repita! A todas vocês,
dedico toda a dignidade deste post B.Girl 2010, com uma bela homenagem às mulheres da dança. Espero que gostem. E continua o Break Pesadão ! Dica: Depois do informe... Desligue esse computador e vá dançar break - é mais saudável! 
Bjs! Poeta Xandu  ;)






Sobre Dança? Leia também: (sóclicar, lembra?)









Editorial dedicado às B.Girlz:



Sabe como é? 



Lembrei-me da Cooperifa, lá em Sampa. Vão fazer um “ajoelhaço” lá no meio do sarau da poesia marginal. É o  momento quando os homens choram e pedem perdão a todas vocês. É! Nóis é tudo atrasado mermo, machista mermo, mas burros não somos: pedimos perdão... Sim! Prometemos que vamos mudar e vocês? Melhor cobrar... Essa do Vaz é muito boa, envolve todos na Cooperifa - e vocês merecem !  

Faço do meu jeito: 
Muita informação, poesia, flores, beijos e um CD de beat-breaks! Tuuudo delas!


   Na GBCR: as B.Girlz Bia e Val, do Rio; Na BSB.Girls: a super-girl FaB.Girl do DF (Ingrid também!), que nesse 06/MAR organizou o Bgirls Turn, pelo dia das mulheres; B-Girl Aline atuando no Cidade vs Cidade; Na B.Girls Articulando: B.Girlz Lú, Isa, Jéssica, Aline, Bibi, Bia, Lucimar, Naiara, Nathana minas super-poderosas (na foto) - lá de Sampa. Em Nova Iguaçu: brilhou no Encontrão B.Girl Amanda, representando por Centenário de Caxias/RJ; Em Campo Grande: B.Girl Stefânia; as B.Girlz socialistas do Nação HipHop Brasil, que bancaram as battles do II Encontro Feminino de HipHop (Guarulhos/SP); B.Girl Miwa de SP, B.Girls do Costa Break; Enigma Style Crew  de Caxias/MA, e... todas, né? Salvem as rainhas!

(Obs: o q estiver no verdinho é só clicar, tá legal?)

   Para abrir com polêmica, pergunto: em quê a dança b.girling é diferente do b.boying? Tá bom. Disputar uma batalha entre “pessoas iguais”, isso é óbvio. É muito nítido, mas também é relativo. Se eu sugerisse separar por tamnho, peso, cor de pele... Não! Nunca diria uma coisa dessas! Isso transformaria o b.boying em ringue de box! Porque se eu dissesse isso, estaria retirando do b.boying  a sua essência: a própria dança.

   Um post dedicado às b.girlz e estou aqui falando em b.boying. Além de ter mais massa muscular, o b.boy possui uma coisa que a b.girl não tem... Pensou bobagem, né? Sim, é isso: “a coisa”. Nossa educação costuma ser a cara da “coisa”: um vai ser homem, outra será mulher, que será b.girl. Essa educação é que é o lema e com certeza é bonito ver a técnica de Asia One, que deu traços femininos ao breaking, o B.Girling. E digo o seguinte, mesmo com essa divisão, gêneros macho e fêmea, ainda existe a mesma dança. B.Girling, se eu quiser posso chamar assim. Não muda nada.


Paraí, peraí! Tá faltando um pouco de incentivo visual.
Quer ver o break forte? Só mina de responsa:
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Encontrão Enraizados/2010:
B.Girl Amanda [Centenário/Caxias/RJ]
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We B*Girlz - BOTY Brasil/2009
B.Girlz Miwa e Molly (SP) vs. B.Girl Nayara e Liv (Chile)
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Derniers de la Classe
B.Girl Anne (Fantastik Armada/França)
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Red Bull Take One/2009 - Qual. Liege (França)
B.Girl Duracelle (França)
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Batalha 2 vs 2 - EUA/NY/2006 
B.Girl Macca e B.Girl Emiko vs. Bgirl Ana
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B.Girl Miss Prissy - Krump part3



DESTAQUE!
Encontro das Ruas 2009 (Joinville/RS)
Jurados:
Bispo (Str.Breakers), Ken Swift (7Gemz) e Marcelinho (BackSpin)

Batalha:
BSBGIRLS vs Back Spin (Discípulos do Ritmo)

B.Girl Kelly e FaB*Girl vs. B.Boy Andrezinho e Casper



O break? O break...

O break, posto na lupa de aumento, é teatro e é dança.


   No desafio conta o modo de se apresentar. Na arte cênica do b.boying é importante cumprir um papel desafiador. Precisa ter manha de improviso para perceber o desafiante, responder suas provocações à altura. Ter no bolso um kit de gestos, em expressões, em sentimentos bem representados. Isso acontece desde sempre, apesar da chamada “dança de performance” ser considerada categoria independente e radical. Foi um rompimento com o espetáculo formal, com plateia viciada em aplausos – no conceito de Abramovic. (Aliás, dá só uma olhadinha rápida: esqueleto! )



   Marina Abramovic, nascida na Sérvia e criada na performance, já fez um espetáculo ficando imóvel – só – enquanto o público lanhava ela de tudo que é jeito... Performance é assim: instigar as pessoas. E talvez em novembro ela venha curtir o Brasil – vamos aguardar. Em sua atual intervenção no MoMa/NY deixou um casal de porteiros, só no pêlo, para receber o público. Colocará também um arsenal de seguranças escondidos. É que todo esse lero-lero de sociedade avançada não passa de mentira! A nudez é um grande horror! No Brasil o teatro fez sucesso ao liberar as “mulé-pelada”. Teatro de revistas? É um teatro de comédia, um musical, conhece não?

 
Dáumclickaquimesmo! 


   Já na dança do b.boying importa é fazer movimentos, dentro do estilo, com graus de dificuldade. A dança é observada de perto. Primeiro, é o casamento da música com a expressão corporal, em ritmo e beleza. Na comissão julgadora tudo é visto: movimento em cada parte do corpo, o corpo no espaço, o espaço e os corpos. Escrevi um pouco sobre como se pode observar tecnicamente uma dança em performance (clicaqui: EstudoBreak1 e EstudoBreak2). Espero que sirva, contribua para elevar o profissionalismo de tod@s.

   Outra polêmica no B.Girling/B.Boying é sua origem e forma. Do funk ao b.boying, são vários estilos internos, seja power move, top e up rocking, popping, locking, boogaloo e tal. Sempre conto com a ajuda do amigo  FuzzyBoy (no bolinho da foto rss), imbatível nessas explicações, clicaê: B.Boy FuzzyBoy .

 Da mesma maneira que o Marcelo D2 não consegue encontrar a batida perfeita fora do break, o b.boying também não faz. B.boy Pelezinho pode até levar sua formação em capoeira para dentro do break – continua sendo break.


   A cultura globalizada é vista com otimismo por facilitar as misturas. Em inglês o conceito é fusion; fuzzy para os íntimos. Na música existe a “world-music”. É quando a internet permite que vocês escutem músicas.... da África ou da China, e isso traz elementos para você fazer seu próprio trabalho musical. Você não vira chinês, nem africano. Mas nem a pau, Juvenal! Será um admirador, um estudioso, um imitador, ou colador – até aí vai.


   A maior parte dos chamados world-músicos produz música norte-americana com arranjos regionais: como o reggae de Bob Marley, o afro-beat de Fela-Kuti, uma parte da bossa-nova... Samba-jazz, samba-soul, swing-samba, diferentes do sambalanço – que é samba. Para conhecer o afro-beat recomendo o Programa MAKULA (clicana: Rádio Gruta . É um som muito breaking!)
 
   Temos a dança afro, por exemplo. Não é uma dança africana. É muito mais uma homenagem em dança moderna aos movimentos e costumes afrobrasileiros. Sua base é o balé clássico, de Ana Botafogo , ou melhor, seu derivado: o balé moderno criado por Vaslav Nijinki (1889-1950). Elementos de capoeira podem se misturar ao break, mas o estilo será: um ou outro.


   Alguns jingados, giros de cabeça, fantásticos saltos mortais! São fortes movimentos da capu, incorporados ao b.boying. Mesmo assim, a reprodução de alguns movimentos não faz disso um bom arranjo na “mistura de danças”. Como qualquer arte, há uma teoria, há um método desenvolvido para tratar cada tipo de dança... E para misturá-las é preciso muito estudo, trabalho corporal e pesquisa de campo. É o que separa a bailarina Eros Volusia, divulgadora de danças brasileiras nos anos 30, de Mercedes Baptista, a criadora da dança afro nos anos 50. Conhece não, né? Clica: Dança Afro !






*Tá com tempo? 
    Vê esse filme do arquivo Fundação Palmares sobre a diva do balé Afro, clicaê:
                                                         
click! Balé de Pé no Chão! click!
Aproveita, minha querida!


   E a confusão é grande mesmo! Ary Cordeiro, da Cia. DNA Urbano e organizador da Batalha de Hip Hop de Rio das Ostras, acredita que o sapateado é um dos pilares de sustentação das danças urbanas. Pelo menos foi o que disse na revista Arte em Dança (outubro/2008): “Se a gente dança hoje o Hip Hop é porque a gente bebeu da fonte do sapateado. A origem desse estilo de dança, como a do próprio Hip Hop é na comunidade negra.” Não o conheço. Se a distância me permite, digo: é fraquinha essa afirmação...



   São influências comuns, misturar as danças norte-americanas num saco de gatos, cada um dando sua opinião... Creio que Cristiane Matallo de Campinas/SP (que lançou DVD nesse 6 de março!) não comete este engano... Nem Luciana, Raquel, Regina Dragone, nem Gabriela Souza (linda na foto), meninas da Arte Movimento Studio de Dança (SP). Muito menos a turma que formou no Tap In Rio , em janeiro deste 2010. Sapateado é tap, só.


   Tudo bem, com as academias oferecendo vários estilos ao mesmo tempo é natural que a observação fale na alma. Uma elaboração que inclui clássico, jazz, sapateado e circo – agora com o hip hop entrando mais fundo no ambiente das escolas de dança. É o caso do Studio Arte Movimento em Sampa. Ou Dany, que aplica o hip hop freestyle na Escola Cia. Marinho Braz, aqui do Rio mesmo. Assim como o hip hop, o jazz também fez sucesso por sua aparição na TV (filme All The Jazz etc. etc.) e suas professoras muitas vezes são da elite, com cursos feitos em Nova Yorque (no mapinha style). É a dança da “alta”. Conheça algumas do Rio: sóclicar !



 

   A dança Funk é na verdade o “carro chefe” de todas as linguagens no Street Dance, um marco para os demais gêneros. Frank Ejara, em curso oferecido em Joinville (2005), enumerou as danças fundamentais do Funk: Good foot, Funk robot, Rock stedy, Funk pinguim e Funk chicken. Michel Flor, em monografia para curso de educação física UNESC/2006, conclui dizendo que “Street Dance significa Dança de Rua” e sua estrutura teve na música-dança Good Foot, de James Brown, a base para o “Hip Hop Freestyle”. Seus derivados, o Woblee e o Top Rock. E... o Brooklin Rock! Na “luta sombra”: que dá gás ao desafio! São os fundamentos na dança B. Boying, seja em Los Angeles ou aki em Sampa. Conhece a Miwa não? Huum...  então clicanela! 
Tem pra tu não, rapá!

Vê também essa quebradeira aê:
B.Boy Unit/2008 (Los Angeles)

Mighty Zulu Kings vs. Turnable Movements

   Alien Ness, da Mighty Zulu Kings, diz e ninguém duvida. Afirma que o B.Boying surgiu em 1973, junto com a Zulu Nation de Áfrika Bambaataa - dããã... O fundamento da legenda “hip hop” é o “jogo de cintura”, mas Edson Luciano Gonzaga em 2006, B.Boy Guiú, atribui a forma atual aos B.Boys Henry Link, Buddha Stretch e Bobby Milleage, da Elite Force, companhia de break que fez a coreografia de Michael Jackson, por volta de 1984. Ralph Willians, organizador do Hip Hop High School e do Meeting Valinhos (as inscrições terminam dia 08/MAR!!!), trouxe essas figuras para dar oficinas no Brasil – um grande momento!
 
   Bom, essa é uma parte da teoria. São nas oficinas, nas academias, escolas de dança, nas crews! onde a prática se desenvolve. É na correria da super-girl FaB.Girl, que este ano está mais forte que nunca! Organiza a  BSB.Girls em batalhas e articulações por todo o país, cursos para b.girlz mais que especiais, banca também da B.Girl Ingrid. Nesse 06/MAR fez o Bgirls Turn pelo dia das mulheres! É a rainha do DF! Na GBCR: B.Girl Bia também segue a trilha: vai se formar em Ed. Física, para crescer na dança – importante isso! É bonito ver B-Girl Aline atuando no Cidade vs Cidade, datado desses dias também... Na B.Girls Articulando outra frente com muita força: B.Girl Jhei, as correrias das minas super-poderosas lá de Sampa.


   Em Campo Grande/RJ  B.Girl Stefânia faz a CJ Hip Hop balançar! As B.Girlz socialistas do Nação HipHop Brasil, que bancaram as battles do II Encontro Feminino de HipHop (Guarulhos/SP) e estão aí: na luta! Na luta também estão as B.Girls do Costa Break do Rio e do Enigma Style Crew de Caxias/MA. Força à todas! Em Nova Iguaçu B.Girl Amanda empurrou os broders pro lado: e brilhou no Encontrão Enraizados. É isso: audácia merrrmo!


   Do DF te apresento nos mic: Atitude Feminina! Jane Veneno, Giza, Ellen e Aninha! Eu sou mais elas! Estiveram agora lá no Fest Cerrado para lembrar aos vinte mil de público – que as mulheres estão na guerra! Aliás... Buzo bem encontrou guerreiras no II Encontro Feminino de HipHop (Guarulhos/SP): Queen Odara, Lunna, Aninha e a fotógrafa Marilda Borges/SP (abaixo: FotoDela!). Postura também não falta a sempre forte Re.Fem. – resistência feminina “so stance”! Está terminando o clipe novo das At.Fem.: Enterro do Neguinho. Rap de Saia? É documentário com sua assinatura, Vê aê! Pulanoclique1 e Pulanoclique2! E, para saber o que pensam Atitude Feminina, Hannah Lima, Queen Odara, Charlene Paula, Numa Ciro e tantas outras - só buscar no Enarizados! No Encontrão foi Anarkia: botou moral nos grafiteiros! E que beleza é a decoração urbana...


   Estive pensando no começo da noção estética no Hip Hop: ainda podemos fazer melhor! O que é belo precisa ser vendido... Chegou na TV, não foi? Mas também segurar nas raízes, nas sementes, entrar na luta anti-racista, estar engajado com os caidinhos. [saiba: 21 de Março - Luta Anti-Racismo] Então é isso. Na prática foi a atitude Hip-Hop, firmeza de quem sentiu a pressão do racismo, perdido nas gangues, na pobreza. Há lugar para a sincera admiração, mas... Hip-Hop é gueto-toda-vida, favela sempre. A vida é dura e quem mais precisa menos vê o retorno em din-din... O retorno é espiritual, é físico, é o destino do gueto-favela decidido pelo [quem?/praquem?]. A insistência e atuação incansável supera tudo: vamos meninas, sem desanimar!



   Pego algumas figuras geniais para falar até onde isso pode ir. É clássico fortalecer o Visão de Favela, comprando as camisetas da casa – fortalece nas batalhas do Sta. Marta/RJ. É o Ferréz levando letra forte, com 10 anos de família 1DASUL, abrindo loja nova nesse sábado, dia 06/Março – corre no Capão Redondo/SP. O Vaz e o Buzo na mesma trilha e, ali colado com eles, Jéssica Balbino escrevendo cultura marginal sem parar. A força é o coletivo de poetas do sarau Femina Arte, com presença na Galeria Olido, em dia 8/mar + q especial. É isso que move o trabalho da Anarkia nas tinturas. Essa força é o fundamento. E o prestígio é a recompensa: abre frentes de trabalho para se fazer o que mais se gosta: arte e educação sempre!



   Anarkia, cria da Penha, mulher de raça, teve seu primeiro ato de libertação com 12 anos. Ao perceber a tinta cor-de-rosa: rabiscou a parede do quarto inteira! Parecia a cena da mulher-gato. Todo mundo sabe, o jovem precisa de romper com a dominação, pais, professoras... É natural: na sala da escola estão 40 alunos, pelo menos 20 ensaiam suas tags no caderno, 5 partem pro muro, 3 pro grafiti, somente um fica ali “pra-sempre”... e vira artista! E diz: “foi um pouco difícil me enquadrar, pois os garotos achavam palhaçada mulher no xarpi”, mas hoje: “me pagam para dar palestras, fazer debates e até colóquios [...] fui homenageada com um prêmio em Direitos Humanos, em Washington/EUA.” Ela é prêmio grafiti da década no Hutuz. Experiência adquirida ninguém rouba – essa é boladona, meu chapa!



   Bem mais light e bem outra história, digo, são arteiras... Rã?! São algumas fontes de inspiração no meu trabalho artesanal. Uma é AndreiaGuim, pintora Naif super-criativa. Outra? Anna. Sei lá, muitas coisas... Elas fazem um trabalho de pesquisa intenso, misturando informações, catando novidades, ensinando online como é ser das artes. Dá trabalho e trabalho precisa ser remunerado! Arte não, trabalho sim! Mercado de arte... artista não pensa nisso, se não pira de vez. Também não pode marcar tôca: o ZineZeroZero está vendo o forte pros b.boyz da banca do Genival... [Quéconhecê?Clicaqui!] Porque precisa grana, pra comparecer nos eventos, até para poder ajudar. Vai criar os moleques? Precisa grana.


  
Foi bonita a homenagem da Anna aos OsGêmeos. E OsGêmeos não fariam tão bonito sem a presença bonita da mãe deles em casa – que eles sempre agradecem. Quantos raps são só pra Mãe? E pensando a mina, a namorada, a esposa, família vem. Ali tem as tintas do Band, os artigos do Toz, mais na frente os trampos do Ment, tudo por causa da mulher... Graffs Band (na foto ao lado) e Tosh formam no Raízes – que podem dizer em voz alta: orgulho pra mãe e mais uma pá de mulher que cola no Circulando! Com respeito, claro, que essas minas são de respeito. ê-ê! 


   Nossa divina mulher negra... Minha amiga negra de fé, linda Edna. Leni, que me balança o coração. Cab’verdiana de fé, guerreirona também! E falando em guerreira, 3º lugar no DMC 2009, está ela: DJ Lisa Bueno. Responsável por articular com outras DJs mulheres, sua Crew Applebum garante as pick-ups no último volume, com as DJs Simmone, Mayra, Vivian Marques e Tati Laser. Acho que vou dedicar esses lindos scratchs às mulheres negras, às mulheres guerreiras. [Conheça as DJ's, nosóclicar: DMC Team Brasil 2009 – 3º lugar] O mundo gira enquanto Nana (na foto ao lado) puder dar o que ler lá em Cangulo, na biblioteca Solano Trindade - Duque de Caxias. E que a vitrola não pare enquanto as mulheres da Via Campesina, do MTD e tantas outras estiverem na luta pela amamentação saudável: Xô agrotóchico! Xô escravocratas latifundiários!

  

   Negra? O que foi a Vó Maria no carnaval? Não deixou de ir pros blocos, entrou de cara em batucada. Quantos anos? Vai fazer 100 no dia 21 de maio, meu chapa! Idade boa, gravou CD e tudo. Minha querida vó Edina também: nos 90 e não é mole!

E fecho com a leveza e a graça da Luz – Carmem Luz. Começou ali, no apoio a meninada do Morro do Andaraí, a coisa foi, cresceu e sua beleza foi junto como as Danças do Coração (2008), danças que dão Suporte (2009). Esses espetáculos tiveram nas lentes de Gustavo Gelmini, fera que filmou os sonhos da Cruzeiro (vê aê!). O nome dela é Luz, né? Foi muita sorte eu ter ido ao Centro Coreográfico na Tijuca – primeiro, pq fui atendido por ELA mesma, depois pq Elisa Lucinda apareceu logo em seguida. É iluminação demais prum homem só. Nem vou deixar poesia minha, dou passagem a mestra Lucinda – que é luz, é lucidez, é luta e é linda ainda, também Lucinda...

Fui! mas eu volto, tá?
...




Mulata Exportação
De Elisa Lucinda

“Mas que nega linda
E de olho verde ainda
Olho de veneno e açúcar!
Vem nega, vem ser minha desculpa
Vem que aqui dentro ainda te cabe
Vem ser meu álibi, minha bela conduta
Vem, nega exportação, vem meu pão de açúcar!
(Monto casa procê mas ninguém pode saber, entendeu meu dendê?)
Minha tonteira minha história contundida
Minha memória confundida, meu futebol, entendeu meu gelol?
Rebola bem meu bem-querer, sou seu improviso, seu karaoquê;
Vem nega, sem eu ter que fazer nada. Vem sem ter que me mexer
Em mim tu esqueces tarefas, favelas, senzalas, nada mais vai doer.
Sinto cheiro docê, meu maculelê, vem nega, me ama, me colore
Vem ser meu folclore, vem ser minha tese sobre nego malê.
Vem, nega, vem me arrasar, depois te levo pra gente sambar.”
Imaginem: Ouvi tudo isso sem calma e sem dor.
Já preso esse ex-feitor, eu disse: “Seu delegado...”
E o delegado piscou.
Falei com o juiz, o juiz se insinuou e decretou pequena pena
com cela especial por ser esse branco intelectual...
Eu disse: “Seu Juiz, não adianta! Opressão, Barbaridade, Genocídio
nada disso se cura trepando com uma escura!”
Ó minha máxima lei, deixai de asneira
Não vai ser um branco mal resolvido
que vai libertar uma negra:

Esse branco ardido está fadado
porque não é com lábia de pseudo-oprimido
que vai aliviar seu passado.
Olha aqui meu senhor:
Eu me lembro da senzala
e tu te lembras da Casa-Grande
e vamos juntos escrever sinceramente outra história
Digo, repito e não minto:
Vamos passar essa verdade a limpo
porque não é dançando samba
que eu te redimo ou te acredito:
Vê se te afasta, não invista, não insista!
Meu nojo!
Meu engodo cultural!
Minha lavagem de lata!

Porque deixar de ser racista, meu amor,
não é comer uma mulata!

(Da série “Brasil, meu espartilho”)

Acesso: http://www.escolalucinda.com.br/bau/mulataexportacao.html





LIÇÃO DIARIA


Não pretendo ficar calada

Omissão não leva ninguém a nada.

Miséria não escolhe raça, crendo ou cor,

eu vi o abandono, eu sinto essa dor,

miséria te mina, confina, alucina,

matéria prima, gueto sould na esgrima,

Subversiva na luta eu surjo, armada de odio

trazendo rimas e versos em que confesso,

meu desejo real e concreto de combater quem não se abate,

e essa é para quem pelo descaso,

morre a mingua sem qualquer reação ou combate,

O preconceito conceito é fato realidade,

um desacato e eu cato os fotogramas da minha mente, pra lhe dizer

que dia após dia meu povo é logrado enganado.

Brutalidade periferia, amordaçada, sufocada, puta covardia,.

Pais da alegria, da barriga vazia.


NEVA HELENA/BH

Acesso:
http://ambulantecultural.blogspot.com

Então... Fui indo mermo!
Poeta Xandu de partida.









Quer as BATALHAS? Só apertar aê:


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