Documentário:
"Café com leite - água e azeite?" (2007)
"Café com leite - água e azeite?" (2007)
Tempo: 30 min.
Direção, produção, roteiro: Guiomar Ramos
Co-produção: Tatu Filmes
Edição: Márcio Perez
O filme "Café com leite" era Desconhecido do ZineZeroZero até topar com o grupo do blog "http://fazervaleralei.blogspot.com/". Foi uma boa surpreza!
Apesar de tantas organizações ditas "movimento negro" a verdade é que esta corrente política ainda é mínima, reduzida às capitais do litoral. Alguns grupos históricos mantem uma posição combativa, atuante na sociedade, com muito vigor para debater a questão: "raça existe?" Pois existindo passamos a ter um problema racial. E a igualdade deixa de ser uma meta? Abusos acontecem, né?
Como o foco cultural sugere: temos muita dificuldade de encontrar na África os elementos que compõem o cenário cultural do negro brasileiro: no candomblé, no caxambu, na capoeira, bate-pau, bumba-meu-boi... Todos são reconhecidos como misturas, entre os significados próprios de cada povo somado no Brasil. Aqueles traços vindos de uma África ancestral, sem lugar preciso, misturados com a vida sob a escravidão, sob a brutalidade de ser obrigado a viver em outro lugar, falar outra língua, ter uma outra religião (católica).
Acho otimista a ideia de viver numa "democracia racial", no sentido cultural disso, civilizador disso, pessoas influenciando outras mutuamente. Não tenho a mesma posição dos entrevistados, porém... Também Não Amenizo, dizer que não há racismo, ou que a dor passou... - não passou! Porém o foco em direitos "exclusivos aos negros" me parece ser o "berço esplêndido" do Brasil - democracia de fachada. Distante de uma real mudança na sociedade.
Brasil que costuma ser orientado pela pobreza como massas de manobra, pela fome como moeda de troca, pela favela no lugar da moradia digna. Não. Não disse mude-se da favela... É preciso melhor sistema de educação (geral), garantias de igualdade perante às leis. Também é necessário: abrir um bom projeto de habitação e programa capaz de aumentar ao máximo os postos de trabalho - isso é o negro do futuro.
O Mito da Democracia Racial - é fruto da leitura de obras pioneiras, clássicas no pensamento social brasileiro.
Ao menos essas deveriam ser !! lidas por todos os adultos !! desta nação equatorial e tropical:
A Democracia Racial pode ser lida como "uma bela poesia" da "civilização brasileira":
- na obra de Gilberto Freire (antropologia histórica, ainda intuitiva sobre as criações culturais e raciais no Brasil),
- na obra de Artur Ramos (antropologia rigorosa sobre as criações culturais no Brasil)
- e num tempo bem posterior, de quando já existia antropologia e sociologia oficiais no Brasil, a leitura de Florestan Fernandes. Mais urbana, mais atuailzada e no sentido contrário àquelas duas "fontes de racismo": a leitura da investigação sociológica de Florestan Fernandes sobre o mercado de trabalho e o lugar do negro na indústria paulista. Sua pesquisa apontou grande desvantagem cor negra vs. posição social.
Finalmente sobre o filme: é do ponto de vista paulistano, que ouviremos os professores da USP, Antonio Sérgio Guimarães, Kabengelê Munanga, a diretora do Geledés, Sueli Carneiro, o antropólogo Batista Félix, além de seus alunos.
Completam o quadro de depoimentos: os cineastas Jeferson De, Noel Carvalho e a atriz Zezé Motta. Num filme que tece recortes com a obra de Jorge Amado, de Nelson Pereira dos Santos, Roberto Farias e imagens de arquivo do negro no Brasil, de Abdias do Nascimento.
Um filme muito rico de personagens negros, que defendem posição forte - fundamental para quem quer conhecer um breve painel da luta do negro no Brasil. Falei?
Poeta Xandu - escuro como a noite!
Apesar de tantas organizações ditas "movimento negro" a verdade é que esta corrente política ainda é mínima, reduzida às capitais do litoral. Alguns grupos históricos mantem uma posição combativa, atuante na sociedade, com muito vigor para debater a questão: "raça existe?" Pois existindo passamos a ter um problema racial. E a igualdade deixa de ser uma meta? Abusos acontecem, né?
Como o foco cultural sugere: temos muita dificuldade de encontrar na África os elementos que compõem o cenário cultural do negro brasileiro: no candomblé, no caxambu, na capoeira, bate-pau, bumba-meu-boi... Todos são reconhecidos como misturas, entre os significados próprios de cada povo somado no Brasil. Aqueles traços vindos de uma África ancestral, sem lugar preciso, misturados com a vida sob a escravidão, sob a brutalidade de ser obrigado a viver em outro lugar, falar outra língua, ter uma outra religião (católica).
Acho otimista a ideia de viver numa "democracia racial", no sentido cultural disso, civilizador disso, pessoas influenciando outras mutuamente. Não tenho a mesma posição dos entrevistados, porém... Também Não Amenizo, dizer que não há racismo, ou que a dor passou... - não passou! Porém o foco em direitos "exclusivos aos negros" me parece ser o "berço esplêndido" do Brasil - democracia de fachada. Distante de uma real mudança na sociedade.
Brasil que costuma ser orientado pela pobreza como massas de manobra, pela fome como moeda de troca, pela favela no lugar da moradia digna. Não. Não disse mude-se da favela... É preciso melhor sistema de educação (geral), garantias de igualdade perante às leis. Também é necessário: abrir um bom projeto de habitação e programa capaz de aumentar ao máximo os postos de trabalho - isso é o negro do futuro.
O Mito da Democracia Racial - é fruto da leitura de obras pioneiras, clássicas no pensamento social brasileiro.
Ao menos essas deveriam ser !! lidas por todos os adultos !! desta nação equatorial e tropical:
A Democracia Racial pode ser lida como "uma bela poesia" da "civilização brasileira":
- na obra de Gilberto Freire (antropologia histórica, ainda intuitiva sobre as criações culturais e raciais no Brasil),
- na obra de Artur Ramos (antropologia rigorosa sobre as criações culturais no Brasil)
- e num tempo bem posterior, de quando já existia antropologia e sociologia oficiais no Brasil, a leitura de Florestan Fernandes. Mais urbana, mais atuailzada e no sentido contrário àquelas duas "fontes de racismo": a leitura da investigação sociológica de Florestan Fernandes sobre o mercado de trabalho e o lugar do negro na indústria paulista. Sua pesquisa apontou grande desvantagem cor negra vs. posição social.
Finalmente sobre o filme: é do ponto de vista paulistano, que ouviremos os professores da USP, Antonio Sérgio Guimarães, Kabengelê Munanga, a diretora do Geledés, Sueli Carneiro, o antropólogo Batista Félix, além de seus alunos.
Completam o quadro de depoimentos: os cineastas Jeferson De, Noel Carvalho e a atriz Zezé Motta. Num filme que tece recortes com a obra de Jorge Amado, de Nelson Pereira dos Santos, Roberto Farias e imagens de arquivo do negro no Brasil, de Abdias do Nascimento.
Um filme muito rico de personagens negros, que defendem posição forte - fundamental para quem quer conhecer um breve painel da luta do negro no Brasil. Falei?
Poeta Xandu - escuro como a noite!
Documentário:
"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 1 -
Ou... Assista na Telona: Café com Leite ! (Clicaqui!)
Youtube: neurose1002
"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 1 -
Ou... Assista na Telona: Café com Leite ! (Clicaqui!)
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Documentário:
"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 2 -
Ou... Assista na Telona: Café com Leite ! (Clicaqui!)
Youtube: neurose1002
"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 2 -
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Documentário:
"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 3 -
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"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 3 -
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Documentário:
"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 4 -
Ou... Assista na Telona: Café com Leite ! (Clicaqui!)
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"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 5 -
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"Café com leite (água e azeite?)"
- Parte 6 -
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