Show do Antônio Nóbrega - RJ Teatro Nelson Rodrigues ............................................................................................................................................. ANTONIO NÓBREGA - RJ Cantor, ator, músíco e dançarino, Nóbrega revela em seu espetáculo o caráter abrangente e multidisciplinar de sua atividade cênica. Criador e intérprete versátil, ele passa do épico ao farsesco, do sóbrio ao desmedido, do lírico ao festivo. Sua formação musical se iniciou no violino clássico, desenvolveu-se com uma boa dose de cultura popular e hoje produz uma síntese dos costumes brasileiros, especialmente na veia tradicional nordestina. A partir de 1976 começou a produzir seus próprios espetáculos, como Figural (1990) e Brincante (1992), ganhou prêmios no exterior, passou a ter maior repercussão no Brasil na década de 90. Mantém em São Paulo o Teatro Escola Brincante, um centro cultural que promove eventos e cursos ligados a dança, música e arte. ............................................................................................................................................. Entrevista com o Antônio Nóbrega Postado no 17 Novembro, 2008 por Caburé ENCONTREI esta entrevista no ’saite’ do UOL - Lá é possível assistir ao vídeo. BATE-PAPO - 02/09/2008 às 16h00 ............................................................................................................................................. Conversa: Projeto Artístico ligado ao frevo, que inclui o lançamento do DVD “Nove de Frevereiro”, gravado em Recife, no Teatro Santa Isabel, com direção do cineasta Walter Carvalho (Lavoura Arcaica). Participaram do Bate-papo 229 pessoas ............................................................................................................................................. (04:10:33) Antônio Nóbrega: O DVD “Nove de Frevereiro” é o remate de um projeto grande e volumoso. Este projeto contempla o CD, o espetáculo e agora o DVD, todos com este nome. (04:11:58) Antônio Nóbrega: dona chica, a cultura nordestina a que você se refere é a cultura que chamam de popular. Não desmerecendo a cultura erudita do nordeste. Mas esta cultura é a que marca mais, a que tem o frevo, o maracatu, o baião etc. Historicamente, a capitania de Pernambuco teve muita sorte devido à extração canavieira. Deu-se lá um surto econômico muito rico que fez com que viessem mais escravos negros de várias nações, com que se prendessem mais índios e que viessem mais portugueses para esta região. Todas estas culturas traziam seus dialetos culturais. Então o encontro destas várias nações negras, indígenas e ibéricas em solo pernambucano veio a frutificar uma cultura muito rica que se manifesta através do maracatu, frevo, baiões etc. (04:15:39) Antônio Nóbrega: O Walter deu uma dimensão ao DVD que não unicamente aquela do palco, ele associou certas danças a determinados temperamentos e circunstâncias. Contando comigo, são cinco bailarinos. O frevo é uma manifestação musical em que me contempla muito o fazer artístico. ............................................................................................................................................. (04:12:55) wagner: Antonio de nobrega no que vc se inspira (04:16:42) Antônio Nóbrega: wagner, o que me inspira é um conjunto de circunstâncias e fatores. No frevo o que me inspirou foi a minha contínua identificação com este gênero. Desde os meus primeiros trabalhos eu já me utilizava do frevo. Isto veio se avolumando em minha vontade de apresentar frevo até o momento em que eu resolvi fazer um espetáculo totalmente dedicado ao frevo. ............................................................................................................................................. (04:16:05) fulano: vc dança, é multi-instrumentista, pesquisador cultural… oq te dá mais prazer? e mais importante… como conciliar tudo? (04:19:53) Antônio Nóbrega: fulano, é complicado conciliar. Não saberia dizer qual segmento eu conciliaria. Já pensei em tirar a dança ou o violino, mas percebi que vou até o final de minha vida com estes elementos porque não consigo me apartar deles. Eu me sinto mais artista fazendo estas ligações. No dia em que eu parar de me utilizar da dança ou do violino eu paro com tudo. Mas tudo isto é uma entrega muito grande, porém a gratificação que tenho sempre conseguido faz com que eu me retroalimente constantemente. ............................................................................................................................................. (04:16:03) wagner: voce se espelha em quem? (04:21:03) Antônio Nóbrega: wagner, tem várias pessoas as quais me identifico no Brasil ou fora. Escritores com o Guimarães Rosa, o Ariano Suassuna, poetisa como a Cecília Meireles, Carlos Drumond, João Cabral de Melo Neto, compositores do mundo como Bach, violinistas como David Oistrakh… A minha massa inspiradora de artistas é muito grande justamente pelo fato de eu ser um pouco dançarino e ator. O cômicos como Oscarito, Grande Otelo e Chaplin me inspiram. O meu trabalho é um pouco o encontro do universo da cultura popular brasileira com o patrimônio da cultura universal. (04:22:19) Antônio Nóbrega: A música foi a que primeiro chegou para mim. Meu pai constatou que eu tamborilava na mesa na hora das refeições e me colocou para estudar violino. A partir daí comecei a dar asas a minha qualidade de artista. Depois o Ariano Suassuna me convidou para participar do Quinteto Armorial eu comecei a frequentar o universo dos artistas populares. A partir destes encontros que eu fui seduzido pela dança. Comecei a aprender a dança dos artistas de frevo, maracatu etc. E ao longo dos anos levei tudo isso como uma gramática, uma linguagem da dança da qual eu crio as minhas coreografias. ............................................................................................................................................. (04:17:59) BOPE: Olá, antonio , vc se considera um poeta musical (04:23:09) Antônio Nóbrega: Bope, me considero um poeta do espetáculo. A forma que faço poesia é na dimensão do palco. Este é o território que mais dignifica o meu trabalho. Também sou compositor. Mas tudo isso é menor do que as minhas qualidades e características de um artista cujo ato criador se realiza no palco, sobretudo. ............................................................................................................................................. (04:28:06) Beto Diniz: O que você pode falar como insentivo a todos os artistas nordestinos que vivem nesse universo totalmente desfavorável? (04:35:31) Antônio Nóbrega: Beto Diniz, eu não diria só isso, mas ao artista brasileiro em geral que se sente um pouco preterido eu digo que se realmente ele tem sustância, força interior, que persevere porque há sempre um lugar aonde se pode chegar. Todo artista que realmente tem força interior, ao mesmo tempo que ele tem a força de criador, deve procurar despertar em si a força de manter seu trabalho vivo. ............................................................................................................................................. (04:28:09) joca: Como você vê a geração nordestina setentista como alceu, zé ramalho, elba…que fez sucesso influenciados também pelo rock? (04:37:04) Antônio Nóbrega: joca, o trabalho de todos eles tem uma representatividade na cultura brasileira, principalmente na história da canção muito grande. Eles têm uma ligação que são assimilações pessoais de cada um. E todos têm um papel muito importante. E cada um cria a medida do seu ideário e sua formação contribuindo dentro de uma determinada faixa. ............................................................................................................................................. (04:33:30) carlos: Gostaria de saber de vc Nobrega, o que significa a perda de nosso MESTRE SALUSTIANO (04:41:03) Antônio Nóbrega: Dinho Curitibano, o mestre Salustiano para mim foi a figura de maior representatividade da cultura popular. E esta representatividade foi bem merecida, ele foi um homem de um saber cultural muito heterogêneo, não só sabia, como dominava a dança muito bem. Dentro deste universo refletia com posições muito firmes. Ele foi uma pessoa com um papel muito grande em minha vida desde que o conheci na década de 70. De lá para cá nunca perdi contato com ele. Foi uma perda muito grande, mas foi um homem que deixou uma descendência numerosa que vai dar continuidade. Ele soube plantar o futuro daquilo que ele projetava para o Brasil. ............................................................................................................................................. (04:42:01) aguinaldo: antonio, qual a grande dificuldade de um artista nordestino aparecer no cenário musical brasileiro? (04:48:38) Antônio Nóbrega: aguinaldo, a primeira coisa é que este rótulo regional é discriminador. Esquecem-se de que muita coisa que se diz que não é regional é regional sim, é originária de uma determinada região. Por exemplo hip hop que é originário de uma determinada região dos EUA, assim como o jazz. Às vezes se dá uma dignidade de coisa universal quando não tem. O universal é uma qualidade de qualquer coisa que se universaliza porque é bom. A música boa como Bach é universal porque é boa. O que é ruim morre logo. A indústria cultural às vezes tem determinadas características que fazem com que o produto se universalize não por sua qualidade, mas por sua vendagem. O samba de Cartola são canções tão universais como as canções cantadas em todos os lugares no mundo. Estas coisas impedem muito que uma música boa de um artista local seja ouvida porque não tem aqueles ingredientes que dizem que universaliza a música. ............................................................................................................................................. (04:42:12) Joe: Boa tarde Antônio, gostaria de saber se é vc mesmo que monta a coreografia e como se sente tendo seu trabalho reconhecido? (04:53:56) Antônio Nóbrega: Joe, no caso do “Nove de Frevereiro” tem uma coreografia coletiva. As coreografias individuais foram feitas por cada um dos dançarinos. Agora, a concepção geral do espetáculo foi feita majoritariamente por mim. Me sinto muito bem por ter o meu trabalho reconhecido. Ser chamado aqui para expor as minhas idéias é sinal de que estou trabalhando direitinho. ............................................................................................................................................. (04:49:06) Guarda-Chuvinha: Dá pra aprender frevo em qualquer idade? Qual o preparo físico necessário para dançar com a sombrinha sem “desafinar”? (04:59:52) Antônio Nóbrega: Guarda-Chuvinha, dançar frevo é como dançar samba, o frevo pode ser dançado conforme a sua idade. Ele oferece várias opções de passos. ............................................................................................................................................. (05:07:48) Moderador/UOL: O Bate-papo UOL agradece a presença de Antônio Nóbrega e de todos os internautas. Até o próximo! Acesso: ht tp://poemia .wordpress .com/20 08/11/17/entrevista-com-o-antonio-nobrega/
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+ GBCR e Poeta Xandu
- iniciamos um projeto conjunto de arte e educação e mergulhamos: de cabeça!
Estamos de acordo desde Ago/2009.
Tudo isso é só o começo, um bom começo!
Ernest Eugene Barnes Jr. nasceu em 1938, na Carolina do Norte/EUA. Começou a vida como jogador de futebol, mas logo tornou-se um bom artista gráfico. Sua pintura mais famosa é dos anos 70, capa do LP I Want You
- um clássico do Marvin Gaye!
Na Tela: The Sugar Shack (abaixo)
Bailão sinistro!
+ no Boom-Box?
Já está quase pronto! Demorô?
Aproveita e curte um som! Escutaê!
Som B.Boying da GBCR
CD GBCR: fx9 Respeite Essa História
CD GBCR: fx3 Mundo B-Boy
CD GBCR: fx15 Guitarra Gueto Music
CD GBCR: fx11 DJ Nino
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