Zine ZerØ ZerØ

Porque tudo começa do zerØ____e pro zerØ até pode voltar.

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Editorial dedicado aos Corres do Break!




   Uma grande preocupação pro ZineZeroZero é o...

            Sim, é o B.Boy!
                                            Dããã...



   Parece idiota isso. Não é a questão de termos muitos ou poucos (e bons!) b.boys, nem é se o b.boy vai ou não vai dançar - se o B.Boy não dança?! Isso não existe. Não são essas as preocupações. O fundamental é saber se ele vai conseguir chegar até o evento breaker - um argumento econômico e social.


Atrás da Central: incêndio, expulsão, demolição e luta perdida pros camelôs...

   Se ele terá o da passagem pra chegar até a roda? - muitas vezes a jam session é distante, com + de 2 passagens. Concretamente: ir/voltar da Baixada ao Centro, por exemplo, pode chegar a custar quase 20 reais, (+/- 10 dolares em língua de gringo). Depende de onde vive esse breaker anônimo. Se perto, se longe do centro, das vans, estações de trem... Fora isso: se terá como se alimentar, se terá como fazer um consumo mínimo. Enfim, é caro.




Atrás da Central: Raul Seixas e Bob Marley tão de olho nissaê!

   Falo de muitos jovens, que logo estarão no mercado de trabalho, sem poder mais comparecer nas rodas. Falta suporte, estratégia: falta uma Liga Breaker do Rio. Por isso, meus senhores, este Zine ØØ que vos fala, traça planos, traz informações, tenta abrir caminho para um b.boiyng com organização e $$ dentro do Hip Hop. Só. É o caminho do Zine ØØ:
   - fortalecer, pro b.boy não se espatifar no chão - jamais.



Foto: Arte e Reciclagem é um caminho custo-zero.





Sabe como é? 



    Os Corres do Break

        - São Os Corres de verdade!


[JUN/2010]   



   
- Um exemplo concreto.

   
   No mês de maio tivemos contra-tempos. Botei "mór" pilha pro evento da B3H2. Desandou sem que eu percebesse. Cego pra poder estar no Encontro de B.Boyz, em São João do Meriti (conforme tava escrito no cartaz) - gritei aos 7 ventos a importância de se fazer uma visita à região, área do MC Slow e rapa forte. E anuncei de ceguinho aos parceiros B.Boyz em geral!


Foto: O tal cartaz.





Resultado:
   Quem foi rachou a cara, xingou, chutou lata. Alguns reclamaram por um bom tempo - o dinheiro sofrido que se foi. Sem ter a info bem confirmada, passei uma mancada adiante. Talvez 1 ou outro tenha metido uma bonequinha vudu pra mim... Talvez para a organização. Bom, isso é bobagem. Avalio na minha consciência, passo a limpo o pensamento, supero a situação. Info furada.




Atrás da Central: Na calçada, camelô já deu seu jeito.









   Isso é uma falha que já tinha rolado - cartaz com data podre na Original Breaking Jam (GBCR) - e voltou a acontecer com o racha dos parceiros VS Crew/Estilo de Belém(6/Jun)! Tudo bem: sem culpas. Passou. Cabe erros? Cabe mudar planos? Sempre há um motivo interno a cada organizador, até dar 1 mole mesmo - mas não é profissional deixar rolar. Quem cata as infos, como o Zine ØØ, cabe revisar, ficar de olho. Mas quem percebe a "ême" deve avisar ao máximo também! - tipo propaganda do governo na educação: um dever de todos.

O negócio é superar obstáculos!





Foto em Belford Roxo:
Poeta Xandu nos corres e cores da poesia!




   Na real - eu mesmo escapei da furada. Achei muito confuso esticar de São João de Meriti até Belford Roxo. Por causa de um compromisso antigo do Poeta Xandu: visitar o Marcio Grafiti no CC Donana em Piam/Belford. Conhecer a turma do Anti-Cinema e do Cine Goteira em ação. Fiz uma opção feliz!



Foto: Onde é o Cinema? Virar à esquerda!



   E é o seguinte: estar no Centro Cultural Donana, berço do Marcelo Yuka, da KM5, do Anti-Cinema, isso é encontrar muitas pessoas ativas: na música, na pintura, no cinema, na poesia! Denise, Mateus, Marcelo, Zé Felipe, Dida Nascimento, Sandra, Fabiano, Cintia Mariane, Gabriela, Vagner, Jorge Medeiros e João Pedro - foram alguns dos que conheci por lá. Uma penca, né?




Esquerda: CC Donana é o canal!



Abaixo: Marcio Grafiti em ação no Donana!














   No Donana pude curtir um pouco da exposição da pintora Gabriela Boechat, responsável pela arte no livro “Ventos na Primavera”, do poeta Arnoldo Pimentel, em lançamento no dia. Assisti o filme “Cadê o Daniel?”, dentro da competição Cine Boçal. Até participei da roda de poesia do coletivo Pode Poesia - e fui muito bem recebido!!"! E pegando carona no clima alto-astral - saí de lá pralá de meia-noite. Quase sem ônibus! Uma aventura!



Abaixo: turma do Pode Poesia!






Na foto:
Professora Ivone Landin apresenta, os poetas Marcio Rufino e Jorge representam!









Então: fui lá e foi muito bom!




Na Foto: Poeta Xandu no encontro com Marcio Grafiti.





   Daí surgem idéias, fazemos contatos, ganha-se alguma estrutura cerebral - sai imagens prum filme, depois outro, outro, outro... O Ciclo de filmes B teve foco nos chamados “filmes trash”, idealizado por Mateus Topine pra zoar com a "coisa acadêmica: ciclo de debates". Por isso dedicou homenagem a Gurcius Gewdner, "grande" cineasta e artista plástico catarinense, produtor do clássico em longa metragem: “Mamilos em Chamas”! rsss Percebe-se logo o estilo da academia boçal!





“Cadê o Daniel?”
Realização: estudantes de cinema da UFF.


    No vídeo: Cadê o Daniel? - part1




Ou... Assista o filme na Telona:
Dan - part1 (Clicaqui!)






    No vídeo: Cadê o Daniel? - part2



Ou... Assista o filme na Telona:
Dan? - part2 (Clicaqui!)





   Marcio Grafiti abriu espaço durante o 1º Ciclo de Cinema Boçal Contemporâneo (22,23 de maio) para falar de produção e falta de recursos. São filmes ruins tecnicamente, feitos sem recursos, mas com muita poesia no olhar. São encontros de fertilidade, de prazer em realizar filmes. Reunidos numa frente mais ampla, MC Slow explica a formação da Cia. Brasileira de Cinema Barato (CBCB): na prática é uma produtora coletiva; na estrutura é um manifesto à produção. Sob a sigla, algumas referências: Cinema Nosso, Anti-Cinema, Cavídeo, Boca de Filme etc. etc. etc.


Na Foto: Cintia e Gabi no intervalo do cinema!




Na foto: Mateus ajustando o projetor!





   Cita um exemplo concreto: “O FILME DO FILME ROUBADO DO ROUBO DA LOJA DE FILMES”. Foi feito com celular mesmo, numa tacada só, sem desligar a câmera - tá pronto feito miojo! Daí, junta as peças: Cavi Borges, na produção, Marcelo Yuka, no roteiro, Marcio na câmera, o filme? Premiadíssimo! É nesse modelo o espírito do Coletivo Anti-Cinema, do Cine Rock, do Cine Goteira - participações que fizeram do Marcio Grafiti o embaixador do Curta-Criativo. Uma imagem pra pensar.

         CC Donana?
                           Só faltou você nesse bonde!

Aplausos de pé, diz o bonequinho.


Foto: Muitas Artes no Piam         
- que também tem sua Lapa!!






Todos os filmes do Cine B:
Ciclo Goteira!! (ClicaLogo!)











O Editorial Continua:
                      De volta ao break?

(Editorial Parte2: Aniversário SessionXV: Só ClicarAqui!)










Retornar pras BATALHAS? Só apertar aê:


1 comentários:

Marcio Rufino disse...

Querido Xindu,

Adorei o blog. Adorei a matéria. Parabéns. Mas não é Pode Poesia. E sim, Pó de Poesia. Fora isso tá tudo um primor. Abrçs. E volte sempre.

Visite meu blog pessoal:
http://emaranhadorufiniano.blogspot.com
Seus comentários serão muito bem vindos!!!