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          Primeiros Socorros 



Funções Orgânicas e Sinais Vitais

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   • Funções Vitais


   As funções vitais exercidas pelo cérebro, pelo pulmão e pelo coração devem ser conhecidas pelos instrutores. São os principais sinais de saúde e vitalidade nos casos de acidentes.


   A vitalidade é uma representação do que acontece na menor unidade funcional do corpo: a célula. Cada tecido é constituído por células, e é da vida delas que dependem os seres vivos. O cérebro, o pulmão e o coração respondem pela alimentação das células, irrigando-as com nutrientes fundamentais na atividade metabólica geral do corpo humano.


   O cérebro atua junto com o Sistema Nervoso Central, um conjunto de nervos que permite o bom funcionamento de todo o organismo. Juntos, eles coordenam as funções orgânicas e os instintos humanos para a alimentação adequada dos tecidos, a alimentação celular. O desligamento da comunicação com o mundo, no sono, na loucura, não significa que o cérebro parou – apenas concentra-se em outras funções necessárias. Mesmo numa situação extrema, como o coma.


   O sangue é o veículo desta alimentação, transporta nutrientes e oxigênio para todos os tecidos. O sangue arterial é rico em nutrientes e o sangue venoso faz a reciclagem ou eliminação de substâncias descartáveis. Toda a vitalidade humana depende da queima de oxigênio (inspiração) e a eliminação de gás carbônico é o resíduo desta combustão (expiração). O coração, então, funciona como uma bomba capaz de manter o fluxo sanguíneo.


   Os pulmões e todo o aparelho respiratório fazem a troca de elementos em contato com o ar. Da boca ao fígado, rins e demais órgãos do aparelho digestivo, completam e regulam a qualidade do sangue, acrescentando ou retirando substratos orgânicos, vitaminas, proteínas, íons e outros agentes metabólicos, eliminando substâncias tóxicas.


   Grandes traumas no cérebro e canais nervosos, grandes interrupções na respiração ou nos batimentos cardíacos – podem levar a morte ou danos irreversíveis. Mantê-los em condições mínimas, tratá-los imediatamente, são as maiores preocupações no atendimento de primeiros socorros.

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   • Sinais Vitais



   Sinais vitais permitem concluir sobre o estado geral de uma pessoa. Muitas vezes não teremos instrumentos de medida disponíveis, uma dificuldade comum nos primeiros socorros. Devem ser compreendidos e conhecidos os seguintes sinais:



1• Temperatura Corporal
2• Ritmo Respiratório
3• Pulso Cardíaco
4• Pressão Arterial



   
1• Temperatura Corporal

   A temperatura corporal é um equilíbrio entre o ganho e a perda de calor pelo organismo, indicativo da atividade metabólica diante do meio ambiente.


   A pele humana possui um sistema termorregulador, liberando calor quando está quente, retendo calor quando está frio. Ao compensar diferenças de temperatura, o ser humano ganha a capacidade de poder habitar qualquer parte do planeta: o polo norte ou o deserto do Saara. É nossa qualidade homeotérmica.


   Existem variações individuais: há pessoas mais quentes que outras. As flutuações de temperatura também ocorrem naturalmente, dependendo do horário do dia, do movimento ou repouso. O calor humano ainda é influenciado pela digestão, pela eliminação de fezes, urina, saliva, ovulação/gravidez, calor/frio ou mesmo pelo estado emocional. Porém, uma pessoa em perfeito estado de saúde não perceberá essa variação: cerca de um grau Celsius.

A temperatura média é padronizada:

• Temperatura Normal – varia de 35,9 a 37,2ºC.


• Condução - nome dado a troca de calor entre sangue e ambiente externo.

A temperatura deve ser medida com uso de termômetro caseiro, de preferência, por via oral, onde há grandes grupos de vasos sanguíneos. Outros pontos de grande vascularidade: testa, pescoço, axilas e virilhas.

• Hipotermia

   É a temperatura corporal abaixo do normal. Pode acontecer após depressão de função circulatória ou estado de choque. Situações comuns: pessoas perdias em florestas, montanhas, lagos e mares, submetidas às baixas temperaturas por tempo prolongado.

• Febre

Quando estamos com febre, o aumento da circulação pode ser notado pelo tom da pele mais avermelhado (hipermia).


   A pessoa com febre pode apresentar alguns sintomas: perda de apetite, pulso e respiração rápidos, sudorese, calafrios e cefaléia (dor de cabeça).

   
• Causas comuns
   Tumores, infecções, acidentes vasculares ou traumatismos causam grande reação do organismo, afetam o hipotálamo e, por sua vez, a distribuição de calor pelo corpo. Portanto, a febre é um sinal do organismo, resultado de uma defesa interna, orgânica. O portador de HIV/AIDS não apresentará febre, justamente por seu organismo não reconhecer o estado de infecção. Ter febre alta por período prolongado poderá gerar uma lesão cerebral irreversível.


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   • Primeiros Socorros para Febre




Atenção! O atendimento em casos febris só ocorrerá em situações de temperatura muito alta (de 40º C), por dois motivos:
­ a febre é defesa orgânica, defesa natural contra algum mal
­ não há tratamento da febre; suas causas é que devem ser atendidas.



   
Aplicar compressas frias e úmidas sobre grandes vasos sanguíneos.
• Quais?

Na testa, cabeça, pescoço, axilas e virilhas
Se for um adulto, podemos submetê-lo a um banho frio ou cobrir com coberta fria.

• Drogas antipiréticas: dipirona e acetaminofen.
São eficientes na redução da febre, porém, só devem ser usadas após o diagnóstico médico. Em casos de suspeita de dengue – não tome ou dê dipirona, sob risco de herragia grave.


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   2• Ritmo Respiratório


   Comandada pelo Sistema Nervoso Central, a respiração ocorre de maneira involuntária e permanente. O sistema respiratório manifesta-se fisicamente através da inspiração e expiração, através dos movimentos musculares do tórax e das vias aéreas (boca e narinas), coordenados espontaneamente. Quimicamente ritmado, o pulmão troca gás carbônico (sangue venoso) por oxigênio (sangue arterial), elemento consumido em todos os tecidos.

   Os movimentos respiratórios variam com a idade e estado saúde, sendo classificados por tipo e freqüência.


• Movimento respiratório:
01 inspiração + 01 expiração = 01 movimento respiratório.
• Valor médio respiratório:
Homem adulto: 14 - 20 respirações por minuto
Mulher adulta: 16 - 22 respirações por minuto
Criança de 1 ano: 40 - 50 respirações por minuto.





   
• Tipos de respiração


Eupnéia: respiração com movimentos regulares, sem dificuldades.
Apnéia: ausência dos movimentos respiratórios.
Dispnéia: Dificuldade em respirar.
Bradipnéia: baixa freqüência respiratória.
Taquipnéia: alta freqüência respiratória.
Ortopnéia: quando o acidentado só respira sentado.
Hiperventilação: ocorre aumento da freqüência e intensidade dos movimentos respiratórios.


   
• Variações comuns
Exercícios físicos, emoções fortes e banhos frios tendem a aumentar a freqüência respiratória. Banho quente e o sono a diminuem.

• Variações anormais
Fisiopatias podem alterar a respiração, com diminuição ou o aumento na freqüência respiratória. Em doenças cardíacas, nervosas ou certos casos de diabetes ocorre o aumento da freqüência respiratória. O uso de drogas depressoras diminuem a freqüência respiratória.

• Obstruções
Fatores diversos, como secreções, vômito, bala ou qualquer corpo estranho, edema e até mesmo a própria língua podem ocasionar a obstrução das vias aéreas. A obstrução produz asfixia que, se prolongada, resulta em parada cardío-respiratória.




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   • Procedimento para verificar a respiração:



   A maneira mais precisa de reconhecer a respiração é notar o ar quente. Use um pequeno espelho, placa de metal, colher ou um copo bem limpos. Ponha diante das narinas e perceba se uma mancha de vapor se forma na superfície.

• Se a respiração estiver forte o suficiente, ponha a mão sobre o abdomem ou costelas e inicie a contagem – quantas “levantadas” dará em um minuto.
• Se a respiração estiver fraca, lave as mãos e tente contar através do ar nas narinas.




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   3• Pulso Cardíaco



   O pulso é o intervalo entre uma batida e outra do coração. O pulso cardíaco apresenta algumas medidas elementares no fluxo de sangue nas artérias.

Tomar o pulso: devemos observar sua freqüência, regularidade, tensão e volume.

a) Regularidade (alteração de ritmo)
Pulso rítmico: normal
Pulso arrítmico: anormal

b) Tensão em Eletrocardiograma:
Mede a carga de energia em Volts liberada a cada pulso.



c) Freqüências Normais (padrão)
Faixa Etária vs. Batidas Por Minuto

Homens adultos: 60-70 bpm
Mulheres adultas: 70-80 bpm
Crianças acima de 7 anos: 80-90 bpm
Crianças de 1 a 7 anos: 80-120 bpm
Crianças abaixo de um ano: 110-130 bpm
Recém-nascidos: 130-160 bpm


d) Volume
Pulso cheio (forte): normal
Pulso filiforme (fraco): anormal



   Pela palpação de uma artéria vemos se há regularidade, qual padrão de freqüência, se o coração está normal ou não. Alterações no padrão de pulso podem revelar efeitos comuns: da digestão, exercícios físicos, banho frio. Ou casos mais graves: distúrbio emocional ou uma outra reação do organismo, sentida como febre. Cada grau a mais na temperatura corresponderá a um acréscimo no número de pulsações por minuto (cerca de 10 pulsações). Em situações de desmaio ou síncope as pulsações diminuem.



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   Procedimento para se tomar o pulso:


   
• Procurar acomodar o acidentado em posição relaxada.
• Usar três dedos (indicador, médio e anular) sobre a artéria escolhida.
• A artéria radial e a carótida são mais sensíveis.
Radial: sentido na lateral do punho, logo abaixo do polegar.
Carótida: se localiza de cada lado do pescoço.
Existem outros pontos menos comuns.




• Atenção:
1) Não fazer força sobre a artéria, pois isto pode impedir que se percebam os batimentos.
2) Não usar o polegar, sob risco de sentir suas próprias pulsações.
• Contar as pulsações marcando no relógio um período de 60 segundos.
• Observe a regularidade e a tensão (ou força) das pulsações.



   4• Pressão Arterial


   A pressão arterial é a representação da força de contração do coração. A pressão varia se os vasos saguíneos estiver contraídos por algum motivo, ou se estiverem dilatados. Outro fator é a viscosidade do sangue. A medição da pressão arterial com o aparelho não representa muito avanço ao leigo, nem deve servir para medicação “por palpites” – apenas requer real assistência médica. A marcação no aparelho será medida em milímetros de mercúrio, cuja sigla é mm Hg. No aparelho serão medidas a pressão sistólica (máxima), quando bombeamos na marca de 200 mm Hg, e pressão diastólica (mínima), quando descomprimimos.


   
• Variação da presão arterial

Adulto sadio:
Pressão sistólica de 100 a 140 mm Hg.
Pressão diastólica de 60 a 90 mm Hg.


• A pressão varia com a idade
Entre 17 a 40 anos: pressão de 140 x 90 mm de Hg.
Entre 41 a 60 anos: pressão de 150 x 90 mm de Hg.

• Hipertensão
Pressão sistólica maior que 160 mm Hg.
Pressão diastólica maior que 95 mm Hg.

• Hipotensão
Pressão baixa é quando a pressão máxima baixar a 80 mm Hg.

• Diminui a pressão: Menstruação, Gestação, Sono / Repouso, Hipotireoidismo, Hemorragia grave, Anemia grave.

• Aumenta a pressão: Digestão, Excitação emocional, Convulsões, Hipertireoidismo, Arteriosclerose.



   Medição da pressão arterial


   • Instrumentos:
Esfigmomanômetro - composto de medidor, manguito e bombinha.
Estetoscópio - superfície sensível e fones auriculares.


   Técnica:
a) Tranquilizar a pessoa tensa.
b) Localizar a artéria braquial: dobrar o braço no peito ajuda.
c) Colocar o manguito a 4 dedos da dobra do cotovelo.
d) Fechar a saída de ar e bombear até a marca de 200 mm Hg.
e) Ouvir os pulsos na artéria umeral, abaixo do manguito.
f) Liberar o ar lentamente e notar os batimentos regulares.
g) Anotar a pressão indicada - será a Pressão Arterial Máxima.
h) Com a pressão baixando os batimentos muda vão desaparecendo será a Pressão Arterial Mínima.




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   • Sinais de Apoio


   Os sinais de apoio podem ser notados em casos de hemorragia, parada cardíaca ou uma forte batida na cabeça, com o agravamento do estado do acidentado.


   • Dilatação e Reatividade das Pupilas
Devemos observar as pupilas de uma pessoa contra a luz de uma fonte lateral, de preferência com o ambiente escurecido. Se não for possível
deve-se olhar as pupilas contra a luz ambiente.


   • Cor e Umidade da Pele
A cor e a umidade da pele são sinais de gravidade, se apresentar a pele pálida (esbranquiçada), azulada ou avermelhada.



   • Estado de Consciência e Mobilidade
- O nível de lucidez permite perceber estados de choque, intoxicação ou derrame cerebral.


   A incapacidade de mover o membro superior depois de um acidente pode indicar lesão do nervo do membro ou um ataque cardíaco.


   A incapacidade de movimento nos membros inferiores pode indicar uma lesão da medula. Quando um acidentado perde o movimento voluntário de alguma parte do corpo, geralmente ela também perde a sensibilidade no local. Muitas vezes, porém, o movimento existe, mas o acidentado reclama de dormência e formigamento nas extremidades. São indícios de que há lesão na medula espinhal.



[+]  Atenção! É importante tomar muito cuidado no manuseio e transporte do acidentado, para evitar o agravamento da lesão. Deixe-a posicionada no chão, com a coluna reta, até chegar o socorro.



   • Derrame cerebral

   Em caso de derrame cerebral, a vítima não apresentará controle dos lábios nem falará sobre assuntos coerentes. Atenção! Levá-la ao hospital é urgência máxima, sob risco de se criar uma lesão cerebral irreverssível.
- Pede-se à vítima que fale, note se fala coisas sem sentido, anormais.
- Pede-se à vítima que sorria, note se a boca estiver torta, só de um lado.




















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