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Rio, 23.o1.2o1o



A Reciclagem nos Breaks da Brisa!


Radialismo comunitário na Rocinha:
Um bate-bola sonoro entre
Hip-Hop, Lixo Urbano e Reciclagem.



Direção e Coordenação: Luiz Carlos dos Santos Pinto

ONG Responsável:
Grupo de Breaking Consciente da Rocinha - GBCR



Colaborador na elaboração do Projeto:
Alexandre Wilson de Oliveira Santos
(Consultor Sócio-Econômico)
Tipo de Contrato: Parceria
Início: 23 de janeiro de 2010.
Término: em aberto.












Programação: Hip-Hop e Reciclagem

Significados:
O sample é uma técnica de edição de áudio, criada no processo de gravação em estúdio, um dos fundamentos da indústria fonográfica. Teve início com os mixers e mesas de equalização multi-pistas para gravadores de fitas magnéticas. Atualmente conta com processos digitais, como DAT, samplers e computadores, até mesmo em edição caseira, no conceito de Home-Studio. 
O sample, como conceito, é um modo de um conjunto musical inserir no processo de gravação alguns sons que não lhe pertence: sons do cotidiano, simulação de ações da vida real, homenagem a outros grupos musicais.
Desde o início a possibilidade do sampler foi perseguida por seu potencial: traduzir idéias autorais em sons. Deste jeito, devemos considerar a interpretação de voz por atores teatrais e/ ou os efeitos de sonoplastia das novelas de rádio da década de trinta. A evolução tecnológica e a popularização dos artigos eletrônicos teve início na década de cinqüenta e o consumo de música realimentou a própria criação musical: as homenagens à bandas de sua preferência integraram definitivamente a memória/ação do fazer artístico.
A alegria de ouvir/criar música, infelizmente, não é um assunto para “crianças”. Na era da comunicação de massas, de grande capacidade de reprodução, cabe uma questão filosófica: a memória/conhecimento a quem pertence? No nível judicial, os direitos autorais ganharam as primeiras páginas dos jornais, ocupando um espaço entre o artista e o ouvinte: sua moral condenada por roubo. A humanidade contemporânea convive com “conhecimentos roubados” das tradições, medicamentos retirados de tribos indígenas, ao mesmo tempo em que as tecnologias industriais são segredos militares – é a fórmula da Coca-Cola!  
Para atingir todas as possibilidades de sample nas músicas de mercado, dividimos em três momentos:
1- Citação de personagens simbólicos e interpretação de papéis pela voz;
2- Sonoplastia e imitação/reprodução de outros artistas;.
3- Técnica de sample de editores de som.

* Estes três momentos constam no Hip-Hop, de forma polêmica e destacada.




Samples engraçados:

Equivalente a “tóinnn!”, redundância ou bobagem falada:
- então chama o Jack Bauer (sample dos Cone Crew)

Equivalente a “não entendi”:
- “Você deve estar se perguntando: o que que eu tenho a ver com isso.” (sample dos Racionais)

Equivalente de censurado:
- Piiii! (sample de Apito).
- Chamada local a cobrar (sample da mensagem) + resposta: não, chamada a cobrar eu não atendo.

Equivalente de chamada para “os originais”
- “Ô Genival, cadê meus discos?” (sample da mãe do GOG)

Equivalente ao carimbo do locutor:
Apresentador: Poeta XND tocando samba, choro e roquenrrol, sou do Hip Hop, sou do samba soul.

Programa no pau:

Olá, prezadíssimos ouvintes!
Sou o Poeta XND e estou dando início ao programa Reciclagem nos Breaks da Brisa, 101,7 MHz no seu dial em FM, dedicado ao Hip-Hop e a Reciclagem. O movimento Hip-Hop nasceu nos anos 70 e desd’essa época vem levantando muita polêmica. Você deve estar se perguntando: qual polêmica? São muitas, meus prezadíssimos ouvintes, são muitas. Nova Iorque é uma cidade grande, como é o Rio de Janeiro, com muitas pessoas pobre e todos os problemas urbanos conhecidos: o Hip-Hop nasceu da música pop e da polêmica. Canta a miséria, a pobreza, o racismo, e só por isso já incomoda. É a liberdade de expressão tomada à força, por direitos, por justiça, uma voz que ressoa através da música pop.

Outra liberdade “abusada” está na cópia de CD’s originais, o que no Hip Hop a gente chama de sample. Afinal, é correto usar a música dos outros para fazer sua própria música? Claro, assim de primeira, você diz que não, não pode. Acontece que estamos falando de profissionais, com técnica especializada e profissão reconhecida. O Dj virou profissão, regulamentada agora em 2009.

Além disso, as música que são copiadas, elas ficam irreconhecíveis, o que é muito diferente de, por exemplo, fazer um CD pirata. É muito mais uma homenagem que uma cópia simples. Por esse motivo é que estamos dedicando o título de reciclagem cidadã ao Hip Hop. Nossos programas estarão apresentando todas as referências na criação do Hip-Hop, com muita black music, com certeza! E não esquecemos da parte educativa que nos cabe. Apresentaremos muitas dicas: sobre artesanato com material reciclável, as melhores formas de manusear com segurança uma parte disso que a gente chama de lixo. Afora isso: dicas de empregos nas grandes indústrias. Reciclagem, meus caríssimos ouvintes, é o toque do alquimista, transforma lixo em luxo: isso somente nos 101,7 MHz de FM no seu dial; a Reciclagem nos Breaks da Brisa!  

 
Sessão musical:

Bloco de 15 min. Com três músicas + explicações.

Blocos:

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