Zine ZerØ ZerØ

Porque tudo começa do zerØ____e pro zerØ até pode voltar.

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Tempos Chuvosos em Sampa - a situação está difícil...
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Confira abaixo. (clica no Leia Mais!)

  Recebi uma sugestão da loja Daslu para viver em São Paulo sem perder o estilo - é uma nova coleção, moda feminina, essa da foto aí embaixo. Mas... Não vou nem dizer que sou homem por isso - não, não, não.  Foi uma piadinha. Algumas pessoas discordam dessas piadinhas.


    - shsshhh! silêncio - falo nada!     


Caraca, agora olha a bronca da tiazinha furiosa! Com toda razão, né? Voto é isso aê! Mó tristeza da senhorinha, mas fez a imagem da revolta legal! Meu voto vai pra ela, povão! Sou contra abstenção, mas nessa eleição acho que vou apertar vários zeros mesmo. Valeu o premio imagem Cidadania Perdida do ano!

    Vota, que o voto de hoje em dia é isso aê!







É tipo o samba do Adoniram Barbosa: 

"Não reclama, foi o temporal, que inundou seu barracão. Não reclama, guenta a mão João, com o Sibide aconteceu coisa pior. Não reclama, pois a chuva só levou a sua cama... Não reclama, guenta a mão João, amanhã se faz um barracão muito melhor."


É o que acontece. Coisas da natureza, coisas da IMENSA concentração urbana, da IMENSA falta de trabalho e soluções pro interior. O jeito é migrar, cidade grande, né? 


Termina o Carnaval e chegam as chuvas de março no Rio...

Também tem samba pra isso, do Moreira da Silva:

"Esta cidade que ainda é maravilhosa, tão cantada em verso e prosa desde os tempos da vovó. Tem um problema vitalício e renitente, qualquer chuva causa enchente, e não precisa ser toró. Basta que chova pelo menos meia hora, é batata, não demora, enche tudo por aí. E a cidade vira uma enorme cachoeira, que da Praça da bandeira eu vou de lancha ao Catumbi."


A chuva? Chuva nada! Tem é muito abandono nesse Rio... Falam dos pobres, mas olha só o estado da Estação Leopoldina (clica no Sfigalo) - é do estado, está em mal estado e o povinho tá sofrendo, como sempre... Também faz, é verdade, mas... Tem é muita maquilagem nisso aê... Cadê as melhorias verdadeiras? Cadê obras bem feitas? com digfnidade e preocupação social? Pois o morro Santa Marta também conhece isso, certo Fiell? 
Confere lá: Sta. Marta chuveu, Sta. Marta chorou...


Cadê aquela grana da cueca? Poderia bem servir numa hora de desastres como essa. 
É. Parece que a grana não vem - o sucesso vem, com a televisão mostrando o lado dela, o documentário mostrando o desespero desse povo. O pessoal tá famoso! Entre o sucesso e a lama. 
Então, é drama.
Nêgo drama.


Também pediram pra divulgar. 




Periferia Luta do CocaiaLuta de 2010.

 

Alguns fatos suspeitos acontecem em São Paulo. Gente pobre, quando reclama, não tem TV. A preocupação em muitos bairros paulistas é a expansão imobiliária e, consequentemente, a expulsão dos favelados. O discurso sobre a remoção de barracos é dividido entre a reparação e o emprego da força policial. A primeira é quase sempre insuficiente; a segunda: mais que suficiente. Um desespero... Na margem da represa, o que vemos  são os condomínios de classe média, de um lado. Do outro, o pessoal pobre, nos barracos. 

Resolveram dar uma solução ambiental, pois estavam sujando a represa, fonte de água potável. De que jeito? Tirando os barracos, expulsando as famílias na marra. E os prédios? Esses não poluem. Já viu gente rica cagar, mijar, feder, poluir? Eles não fazem isso não! É brabo! 

Nêgo drama.


Eu? Fui. Você ficaê pra ler:


As enchentes


Texto de Lima Barreto, publicado no jornal Correio da Noite, Rio, 19/JAN/1915.



    As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.

    De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.

    O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral.

Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha! Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.

    O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações. Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.












Aquelas BATALHAS? Só apertar aê:



Ou vá para...

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